Vice-presidente do Facebook é preso pela Polícia Federal em São Paulo

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Policiais federais prenderam na manhã desta terça-feira (1º de março) em São Paulo o vice-presidente da rede social Facebook na América Latina Diego Jorge Dzodan. A ação foi tomada a pedido da Justiça de Sergipe após a rede social não cumprir decisão judicial de compartilhar informações trocadas no WhatsApp por suspeitos de tráfico de droga. O Facebook é dono do WhatsApp desde o começo de 2014.

Ele estava indo para o trabalho no Itaim Bibi, Zona Sul da capital paulista. Dzodan foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) e depois prestará depoimento na Polícia Federal. Os policiais cumpriram mandado de prisão preventiva expedido pelo juiz criminal da comarca de Lagarto, em Sergipe, Marcel Montalvão.

Segundo a Polícia Federal em Sergipe, o representante descumpriu ordens judiciais de requerimento de informações armazenadas em serviços do Facebook, “imprescindíveis para produção de provas a serem utilizadas em uma investigação de crime organizado e tráfico de drogas”.

Diego Dzodan, vice-presidente do Facebook para América Latina (Foto: Arquivo/Diego Dzodan)

Conta no WhatsApp

A investigação foi iniciada após uma apreensão de drogas na cidade de Lagarto, a 75 km de Aracaju. O juiz Marcel Montalvão solicitou ao Facebook o nome dos usuários de uma conta no WhatsApp em que informações sobre drogas eram trocadas. O Facebook não revelou as informações solicitadas pela Justiça que aplicou multa diária de R$ 1 milhão. O valor é pago pela rede social há 30 dias.

A assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe informou que o juiz está em audiência, e que a assessoria do magistrado confirma a existência do processo, mas não iria passar informações, pois ele corre em segredo de justiça.

O Facebook já proíbe que a rede social seja usada para vender drogas. No começo de fevereiro, alterou a política de uso do site e do aplicativo de fotos Instagram para impedir também que os usuários comercializassem armas. Na prática, donos de páginas e perfis já não podiam vender material bélico, mas pequenas microempresas podiam usar a ferramenta de criação de anúncios rápidos para isso. Com a alteração, essa prática foi vetada. A política do Facebook, no entanto, não se estendem ao WhatsApp.

(G1 São Paulo)

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