Cair na folia, descansar, ver os amigos ou fazer uma longa maratona de séries de TV. O Carnaval está chegando e os dias de folga podem propiciar diversão para todos os gostos. Mas independentemente do seu jeito e das suas escolhas, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) alerta para os cuidados que devem ser mantidos durante esse período para impedir a proliferação do Aedes aegypti e prevenir as doenças veiculadas por ele (dengue, febre chikungunya e zika vírus).
É fundamental a adoção de ações para evitar a propagação do vírus zika, chikungunya ou dengue e, consequentemente, da doença, explica o assessor da Superintendência de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e Saúde do Trabalhador da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Fernando Avendanho.
Por isso, além da fantasia e do samba nos pés, quem vai curtir a festa em outra cidade precisa ficar atento às medidas de proteção pessoal. Uma dica é levar também na bagagem repelentes de uso tópico para minimizar a exposição aos mosquitos, principalmente em locais que apresentam altas taxas de infestação. Os repelentes devem ser utilizados conforme as instruções do rótulo.
Roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia quando os mosquitos são mais ativos também proporcionam alguma proteção às picadas dos insetos e podem ser adotadas principalmente durante surtos. Mosquiteiros proporcionam boa proteção para aqueles que dormem durante o dia (por exemplo: bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos).
Para redução das picadas por mosquitos em ambientes fechados recomenda-se o uso de inseticidas doméstico em aerossol, espiral ou vaporizador. Instalação de estruturas de proteção no domicílio como tela em janelas e portas também podem reduzir as picadas. Os inseticidas considerados “naturais” à base de citronela, andiroba, óleo de cravo, entre outros, não possuem comprovação de eficácia nem a aprovação pela Anvisa.
Mas é importante verificar se o produto está registrado na Anvisa e seguir as instruções de uso descritas no rótulo. A consulta de cosméticos repelentes regularizados pode ser feita pelo endereço: http://www7.anvisa.gov.br/datavisa/Consulta_Produto/consulta_cosmetico.asp
Cuidados com os focos em casa
Os cuidados com as casas, principalmente aquelas que ficarão fechadas, também devem ser observados. Fernando Avendanho recomenda aos viajantes que, antes de saírem, façam uma vistoria detalhada dentro de casa e nos quintais com o objetivo de eliminar os recipientes ou tampar totalmente qualquer reservatório que possa acumular água parada e servir como criadouro do mosquito.
“Do ovo, passando pela fase larvária até chegar à forma adulta, o ciclo de reprodução do mosquito pode variar de 5 a 10 dias em condições ideais, como acontece nesta época chuvosa e de calor do ano. A fêmea do mosquito deposita seus ovos na parede interna dos reservatórios e estes podem permanecer viáveis por aproximadamente um ano. Assim que o ovo entra em contato com a água ele eclode e inicia o ciclo”, explica Fernando.
Ainda de acordo com Fernando, a ação mais efetiva para se evitar a transmissão de zika, chikungunya ou dengue é eliminar os focos do Aedes aegypti. Pesquisas mostram que cerca de 80% dos focos do mosquito estão nos domicílios. Dessa forma, é indispensável que toda a população se mobilize e, cada um faça a sua parte no combate ao Aedes Aegypti.
Confira o que fazer em casa antes de viajar:
– Cuidado especial no armazenamento e destinação do lixo, mantendo-o em recipiente fechado e disponibilizando-o para recolhimento pela Limpeza Urbana;
– Jamais descarte o lixo ou qualquer outro material que possa acumular água no quintal de casa, no quintal de vizinhos, na rua ou em lotes vagos. Latas, caixas de leite e similares, é recomendável retirar o fundo para descartar;
– Mantenha a caixa d’água sempre limpa e totalmente tampada;
– Mantenha as calhas livres de entupimentos para evitar represamento de água nas mesmas;
– Elimine os de vasos de plantas e bebedouros de animais;
– Mantenha piscinas devidamente tratadas e tampadas.
(Agência Minas)