Enxurrada invade casas e barragem se rompe em Glaucilândia, no Norte de Minas

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A prefeitura de Glaucilândia, na região Norte do Estado, decretou situação de emergência por causa das chuvas que atingiram o município nos últimos dias. Na madrugada desta sexta-feira (22/01) a chuva provocou alagamentos em várias ruas, derrubou muros e invadiu cerca de 20 casas.

“Foi um susto quando acordamos. Minha esposa saiu e viu que o muro da escola tinha caído. Graças a Deus não atingiu minha casa, pois estávamos dormindo e poderia ser bem pior”, afirma Wanderly Rodrigues, que mora ao lado da Escola Municipal Joaquim da Silva Maia.

O problema maior está na zona rural, segundo o prefeito Geraldo Martins. Parte da barragem do Córrego Seco se rompeu, gerando o risco de alagar várias propriedades. O Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e servidores da prefeitura estiveram em 15 propriedades para orientar os moradores a deixarem as casas.

“Esta barragem possui três quilômetros de extensão e cerca de 10 metros de profundidade. Caso termine de se romper, pode gerar uma tragédia em Glaucilândia, além de isolar o município de Juramento, pois a MG-308 seria também alagada”, explica o gestor municipal.

Moradores estão com medo da barragem se romper completamente (Foto: Valdivan Veloso/G1)

Dois quilômetros acima, outra barragem, a Vai Quem Pode, também corre o risco de se romper. Esta possui oito metros de profundidade e cerca de dois quilômetros de extensão. Seis comunidades correm o risco de ficarem isoladas da cidade, em caso de rompimento.

“Esta transbordou e corre sim o risco de também se romper. Agora estão fazendo uma limpeza no vertedouro, para evitar que a água passe por cima”, explica o tenente Bruno Costa, do Corpo de Bombeiros.

A primeira propriedade a ser afetada é a da família de Domingas Soares Silva. Mesmo sabendo do risco, ela afirma não poder sair de casa. “Hoje amanheceu tudo coberto de água. Agora já está normal, mas não posso sair. Para onde que eu vou? Não posso fazer nada, é só me apegar a Deus”.

Seca

O município ainda vive os reflexos da seca que castigou animais e eliminou parte das plantações, a maioria da agricultura familiar. “Em setembro decretamos situação de emergência; este processo ainda não confirmado pelo Governo Federal, e agora temos que decretar por causa da chuva”, lamenta o prefeito.

(Fonte: Inter TV Grande Minas / G1)

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