COM DESORDEM NÃO TEREMOS PROGRESSO

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O país encontra-se em plena crise, quer dizer, várias crises. Crise política, crise econômica, crise ambiental, e agora crise na saúde, pois pesquisadores descobriram que o surto de microcefalia em recém-nascidos no Brasil está associado ao vírus Zica que é transmitido pelo mosquito Aedes, o mesmo que transmite a dengue e a Chikungunya. Estamos vivendo um momento atípico, um grande desafio para as autoridades competentes e os gestores políticos devido à complexidade dos problemas. União, Estados e Municípios sem recursos, com déficits nas contas, cortando programas sociais e investimentos, tudo para tentar tirar o Brasil de um buraco sem fundo que eles mesmos colocaram. Além da péssima gestão de nossos políticos que sempre pensaram que dinheiro crescia em árvore e gastavam sem responsabilidade e sem pensar no amanha só para se perpetuar no poder, a corrupção atingiu níveis alarmantes a ponto de comprometer a nossa economia. Estamos sendo vistos lá fora como o país da baderna política e da corrupção, ai eu pergunto: qual empresário que vai investir no país que tem um dos maiores índices de corrupção do mundo? Estamos mostrando ao mundo que o nosso sistema político e econômico não tem credibilidade, que as regras do jogo mudam no meio do jogo e que para se conseguir avançar nos investimentos deve-se atravessar uma barreira burocrática sem fim ou então, deixar o do “cafezinho”, alguns poucos milhões de dólares, para políticos, funcionários públicos, conselheiros e outras esferas da gestão pública. O que vemos no nosso cenário político é de envergonhar qualquer cidadão no Brasil e no exterior. Defendem os seus interesses, o poder, seus e os seus empregos a todo custo. Se eles defendessem o emprego do cidadão comum como eles defendem o emprego deles com certeza o desemprego no Brasil não estaria neste patamar. Mas o cidadão é um mero número na estatística da recessão do país. Nestes últimos meses em Brasília e nos Estados ninguém discute sobre como promover o crescimento e o desenvolvimento do país, mas como demitir, cortar investimentos, quem sai do poder, quem assume o poder. Em um país aonde o salário mínimo não chega a oitocentos reais; salários que deveriam ter um valor máximo de 34 mil reais são inchados por benefícios que os elevam a mais de cem mil reais e muitos acima de setecentos mil reais nas nossas esferas dos poderes, o que podemos esperar?. E informam que terão que aumentar impostos para tapar rombos? Recriar a CPMF? Infelizmente pagamos a conta por esta orgia desenfreada com o dinheiro público. O país arrecada muito dinheiro com impostos, mas continuamos com mais de quarenta milhões de pessoas vivendo na miséria. Será que eles administram o país como administram a casa deles? Para crescer e desenvolver o país precisa de credibilidade e seriedade na gestão publica caso contrário. Vamos continuar sendo o país conhecido pelo carnaval, pela prostituição e pela corrupção, a verdadeira “casa da mãe Joana”.

Quem é Alexandre Sylvio Vieira da Costa?

– Nascido na cidade de Niterói, RJ;
– Engenheiro Agrônomo Formado pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro;
– Mestre em Produção Vegetal pela Embrapa-Agrobiologia/Universidade Federal Rural do
Rio de Janeiro;
– Doutor em Produção Vegetal pela Universidade Federal de Viçosa;
– Pós doutorado em Geociências pela Universidade Federal de Minas Gerais;
– Foi Coordenador Adjunto da Câmara Especializada de Agronomia e Coordenador da
Comissão Técnica de Meio Ambiente do CREA/Minas;
– Foi Presidente da Câmara Técnica de eventos Críticos do Comitê da Bacia
Hidrográfica do Rio Doce;
– Atualmente, professor Adjunto dos cursos de Engenharia da Universidade Federal dos
Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Campus Teófilo Otoni;

– Blog: asylvio.blogspot.com.br
– E-mail: alexandre.costa@ufvjm.edu.br

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