Papa Francisco pede a líderes mundiais que atenuem impacto das mudanças do clima

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O papa Francisco pediu hoje (06/12/2015) aos mais de 150 líderes mundiais que participam 21ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP21), em Paris, que concentrem os seus esforços em “atenuar o impacto das alterações climáticas, combater a pobreza e favorecer a dignidade humana”.

Francisco fez referência à sua encíclica Laudato si, sobre a proteção do meio ambiente, em declarações feitas depois da oração do Angelus. “Sigo com atenção os trabalhos da conferência sobre o clima que está acontecendo em Paris e vem-me à mente uma pergunta que escrevi na encíclica Laudato si: Que tipo de mundo desejamos transmitir àqueles que vêm depois de nós, às crianças que estão crescendo?”, questionou.

O papa aproveitou também para pedir à comunidade internacional que tenha “a coragem para defender sempre o bem maior para a totalidade da família humana”.

A COP21 começou no dia 30 de novembro e segue até o dia 11 de dezembro. Mais de 150 líderes mundiais, no fim de duas semanas de negociações, vão tentar alcançar um acordo universal para travar as mudanças climáticas.

Em seu discurso, o papa Francisco aproveitou também para pedir que as relações entre católicos e ortodoxos tenham sempre por base o respeito, o amor, o perdão e a convivência fraterna, pois no dia 8 de dezembro marca o início do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, quando se celebra o 50º aniversário do fim do Concílio Vaticano II (1962 – 1965), que resultou em uma declaração comum entre o papa Paulo VI e o patriarca ecumênico Atenagora.

De acordo com o papa Francisco, esse “gesto histórico de reconciliação (…) criou as condições para um novo diálogo entre ortodoxos e católicos no amor e na verdade”, razão pela qual deve ser recordado antes do Jubileu da Misericórdia.

O discurso depois da oração do Angelus serviu ainda para recordar os sacerdotes franciscanos poloneses Miguel Tomaszek e Zbigniew Strzalkowski e o diocesano italiano Alessandro Dordi, assassinados em 1991 pela organização terrorista Sendero Luminoso e convertidos nos primeiros beatos por martírio na história do Peru.

“Que a fé destes mártires na fidelidade a Jesus dê força a todos, mas especialmente aos cristãos perseguidos nas mais diversas partes do mundo, para dar testemunho com coragem do Evangelho”, disse o papa Francisco.

A cerimônia de beatificação ocorreu no sábado (5), no Estádio Centenário Manuel Rivera, na cidade de Chimbote, a cerca de 440 quilômetros a norte de Lima, capital do Peru, e pertencente à região de Ancash, onde foram mortos os três religiosos. Cerca de 25 mil pessoas assistiram à missa solene, que esteve a cargo do cardeal italiano Angelo Amato, prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, do Vaticano. (Agência Lusa)

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