O presidente da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Mauro Borges Lemos, reafirmou o compromisso com a conclusão do total de obras solicitadas e não executadas até o ano passado. O tema foi abordado com os prefeitos da Associação dos Municípios da Microrregião do Alto Jequitinhonha (Amaje), em Diamantina.
Acompanhado de diretores da Cemig, o presidente ouviu as demandas das cidades da região e assegurou que serão feitos todos os esforços para zerar o déficit de obras atrasadas na área de concessão da empresa até o final de 2017.
A concessionária acumula cerca de 33 mil obras com prazos de execução vencidos, o que representa 65% do total de obras solicitadas até o final de 2014. Entre os projetos não executados, cerca de 32 mil envolvem a realização de serviços em áreas rurais do estado – 1,5 mil somente no Alto Jequitinhonha.
Segundo o presidente, o número não é exorbitante em se tratando de uma empresa do porte da Cemig com mais de 8 milhões de consumidores, mas merece atenção.
“Precisamos executar com prioridade, por exemplo, as ligações de energia elétrica de unidades de abastecimento de água, expansões de hospitais e postos de saúde, além das ligações de instituições de ensino”, afirma Mauro Borges.
A Cemig está buscando ouvir os prefeitos para priorizar as demandas mais urgentes de cada município, mas o planejamento e o orçamento já estão previstos até 2017.
“Vamos trabalhar arduamente para zerar as obras herdadas da gestão passada e executar em dia os novos projetos que entrarem em nosso plano de ação”, enfatiza o presidente da companhia.
Plano de Universalização
Ainda de acordo com Mauro Borges, a eletrificação rural e urbana é outro ponto prioritário para a concessionária mineira. Ao todo, são 55 mil lares sem energia em Minas Gerais – a grande maioria na área rural – e os maiores déficits estão no Norte de Minas e no Vale do Jequitinhonha.
“A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) exige que estendamos nossa rede de distribuição a todas as famílias que vivem em nossa área de concessão, então vamos cumprir as metas e promover a eletrificação para todos até 2017”, garante Mauro Borges.
O diretor de Distribuição e Comercialização da Cemig, Ricardo José Charbel, lembra que, mesmo com as dificuldades que passam os municípios e o país, a Cemig defende junto aos seus acionistas a importância de investimentos na expansão das redes de energia elétrica, mas, ponderou, “o recurso financeiro é apenas parte do trabalho”.
Muitas pessoas que vivem na área de concessão da Cemig ainda não possuem eletricidade porque residem em loteamentos irregulares. “Por isso, a Cemig depende do apoio das prefeituras e de outros órgãos estaduais e federais na regularização desses locais e, só depois, pode levar as redes até as portas das casas”, esclarece Ricardo Charbel. (Agência Minas)