Tio do ex-goleiro Bruno é preso por vender celulares para detentos na Penitenciária de Ipaba

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Operação da Polícia Civil prendeu nesta quarta-feira três funcionários da Penitenciária Dênio Moreira, em Ipaba, Região Leste de Minas Gerais, por envolvimento em vendas de celulares para detentos. As investigações já duravam três meses e os mandados de prisões foram cumpridos nesta manhã. Entre os presos estão duas professoras e um agente penitenciário. O homem, Marco Aurélio Rosa, é tio do goleiro Bruno Fernandes, que está preso na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH, por participação na morte de Eliza Samudio.

A ação contou com o apoio do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). A quadrilha já estava sendo monitorada por repassar celulares a detentos do presídio. Os crimes eram realizados há pelo menos um ano. As investigações iniciaram depois de denúncias. Nesta manhã, os policiais cumpriram os mandados de prisão preventiva contra os três servidores.

A professora Jolimara Givisez, de 34 anos, e o agente penitenciário foram presos dentro do presídio. Já a servidora Sônia Mara Duarte Maia, de 52, foi encontrada em casa. “Há envolvimentos de mais pessoas na quadrilha. A maioria estão presos. Por isso, os mandados foram apenas para quem estavam em liberdade”, explica o delegado Célio Las Casas de Andrade, responsável pelo caso. Durante as investigações, diversos celulares foram apreendidos.

O esquema ainda é apurado. Porém, a suspeita é que os celulares eram comprados por baixos valores e levados para dentro do presídio, onde já tinha um receptador que repassava os aparelhos por altos preços. “Acreditamos que sejam roubados e eram comprados por R$ 20. Um aparelho mais simples chegava ao receptador por R$ 600. O preso final pagava aproximadamente R$ 1,5 mil. Já os smartphones eram vendidos no valor final de R$ 2,5 mil. Os maiores compradores eram traficantes de drogas”, afirma Andrade.

Os três servidores foram levados para a delegacia. O delegado Célio Las Casas pretende ouvi-los na próxima sexta-feira. Para ele, a retirada dos celulares da cadeia será importante para evitar outros crimes. “A gravidade maior são os presos usarem os telefones para comandar os crimes fora do presídio”, diz o delegado.

O agente penitenciário Marco Aurélio, que trabalhava no presídio desde 2007, será transferido para a Penitenciária Nelson Hungria, onde está o sobrinho dele. Já as duas mulheres serão levadas para o complexo Penitenciário Feminino Estêvão Pinto, no Bairro Horto, Região Leste de BH. Eles vão responder por prevaricação, corrupção passiva, e associação criminosa.

Celulares foram apreendidos durante as investigações (Foto: Patrícia Belo / G1)

Mulheres são professoras na escola da Penitenciária (Foto: Patrícia Belo / G1)

Marco Rosa, 43 anos, trabalha como agente há 10 anos (Foto: Patrícia Belo / G1)

(Fonte: Jornal Estado de Minas)

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