A SOCIEDADE E O DESENVOLVIMENTO DO PAÍS

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Quando falamos de crescimento e desenvolvimento devemos analisar duas vertentes de pensamento que devem ser trabalhadas de forma conjunta: O pessoal e o coletivo. Devemos pensar sempre no nosso crescimento pessoal, da nossa família, de nossos filhos. Dar a eles estudo, conhecimento, educação e suporte para que possam traçar seus próprios caminhos. Mas, neste vasto mar de informações uma delas deve ser destacada para os jovens: a de que eles não estão sozinhos no mundo. Que o seu crescimento pessoal está intimamente ligado ao crescimento do coletivo. Os jovens devem ter senso crítico para concluir que ser rico em um país de miséria ou ser rico explorando a submissão e a ignorância das pessoas não vale a pena. Muitas pessoas acumulam riquezas baseado na exploração da pobreza e das necessidades básicas do ser humano. A lei das empregadas domésticas é um claro reconhecimento do grau de exploração a qual esta classe era submetida. Chegou, com décadas de atraso, mas chegou. Um custo a mais, quase insignificante para os patrões, mas de grande importância para as pessoas que dedicam a sua quase integralidade de tempo a servir famílias que visam o seu próprio crescimento. No setor público a situação de segmentação de classes é muito mais vergonhosa. Dentre os diferentes poderes da nação podemos encontrar contra cheques que chegam a 500 mil reais por mês, e ainda querem mais, sem contar a corrupção que corrói grande parte de nossos impostos mantendo milhões de pessoas em situação sub humana em relação a atendimentos básicos como saúde, educação e segurança.

Que tipo de crescimento e desenvolvimento podemos esperar para um país com este sistema gerencial implantado e enraizado nos nossos modelos políticos? Um país onde os modelos alternativos de geração de energia em momentos emergenciais são as termoelétricas, sistemas de alto custo e altamente poluentes com poucos ou quase nenhum incentivo às gerações limpas de energia como a eólica e a solar. Um país que produz e exporta o algodão bruto mas importa o tecido acabado, de valor agregado muito maior. Ser rico em um país de pobres significa a necessidade de ter seguranças, andar de carro blindado, colocar cercas elétricas nos muros criando verdadeiros campos de concentração, estar sujeito a arrastões quando se está preso no engarrafamento e por aí vai, tudo por conta do pensamento individualista de crescimento.

Um país só cresce e se desenvolve quando todos crescem e isto só acontece quando temos a justiça social onde o crescimento da nação acontece baseado no trabalho de todos. Não é a toa que temos o maior numero de assassinatos do mundo, uma das piores distribuições de renda do mundo, as maiores taxas de impostos do mundo, os piores índices de retorno da cobrança de impostos para o bem estar da população do mundo e um dos países mais corruptos do mundo. Observem que o mundo aparece a todo momento. Um país onde a maioria do esgoto das cidades ainda é descartado nos rios e o lixo para os lixões. Como podemos pensar em crescimento e desenvolvimento sendo campeões mundiais de tudo que é ruim. Temos que repensar seriamente o caminho que está sendo trilhado pela nossa nação.

Quem é Alexandre Sylvio Vieira da Costa?

– Nascido na cidade de Niterói, RJ;
– Engenheiro Agrônomo Formado pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro;
– Mestre em Produção Vegetal pela Embrapa-Agrobiologia/Universidade Federal Rural do
Rio de Janeiro;
– Doutor em Produção Vegetal pela Universidade Federal de Viçosa;
– Pós doutorado em Geociências pela Universidade Federal de Minas Gerais;
– Foi Coordenador Adjunto da Câmara Especializada de Agronomia e Coordenador da
Comissão Técnica de Meio Ambiente do CREA/Minas;
– Foi Presidente da Câmara Técnica de eventos Críticos do Comitê da Bacia
Hidrográfica do Rio Doce;
– Atualmente, professor Adjunto dos cursos de Engenharia da Universidade Federal dos
Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Campus Teófilo Otoni;

– Blog: asylvio.blogspot.com.br
– E-mail: alexandre.costa@ufvjm.edu.br

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