Caso que comoveu o Estado volta a ser investigado por delegacia no no Norte de Minas. Menina sumiu enquanto brincava na porta da casa da mãe em Rio Pardo de Minas
“Fica na minha cabeça que a gente vai encontrar a minha filha e bem. Eu creio que a minha filha está viva”. Essa esperança é o que dá forças ao corretor de seguros Leandro Campos, de 30 anos, que há exatos dois anos não sabe do paradeiro de sua criança, a menina Emily Ferrari, 9. A garota desapareceu enquanto brincava na porta da casa da mãe, em Rio Pardo de Minas, região Norte do Estado, com uma boneca negra – chamada por Emily de Pretinha -, no dia 4 de maio de 2013.
Emily completa 10 anos no dia 17 de maio – Foto: Arquivo / Família
A Polícia Civil não tem nenhuma pista concreta sobre o que possa ter acontecido com a criança. O sumiço dela já foi investigado como sequestro, cárcere privado, tráfico internacional de pessoas, mas nunca se chegou até ela ou ao suposto criminoso.
No primeiro ano, pistas levaram a polícia a procurar pela menina em Montes Claros, no Norte de Minas, na região metropolitana de Belo Horizonte e na própria capital. Cogitou-se que ela poderia ter sido raptada por ciganos, levada para outro Estado e até para fora do Brasil, mas nenhuma das indicações se confirmaram.
A mobilização em torno do caso foi tão grande que um empresário do Norte de Minas chegou a oferecer R$ 50 mil a quem desse uma pista concreta sobre o paradeiro da menina.
As investigações começaram na delegacia local e foram transferidas para a Delegacia de Pessoas Desaparecidas de Belo Horizonte. Manifestações e buscas paralelas foram realizadas pela família e amigos de Emily, que teve foto mostrada até no estádio Maracanã, no Rio de Janeiro.
Mesmo com todo o esforço, o mistério continua e a falta de informações angustia os que não deixam de pensar nela. “Vai aproximando essas datas assim e é muito difícil. É muita ansiedade”, revelou Campos. O pai de Emily, que atualmente mora em Taiobeiras, no Norte do Estado, veio à capital atrás de novas informações sobre o caso de sua filha mais velha.
A assessoria da Polícia Civil informou que as investigações vão prosseguir, mas sob a responsabilidade do delegado regional de Montes Claros, Giovani Siervi. Ele preferiu não dar entrevistas, mas falou, por meio dos assessores, que as averiguações de pistas continuam, com a verificação em fronteiras, com ajuda da Interpol e da Polícia Federal, além de checagens no sistema da Polícia Civil. No entanto, até o momento, não há uma nova linha investigativa.
(Fonte: Jornal O Tempo)