Minas Novas se prepara para receber campus da Unimontes

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Secretário Miguel Corrêa entrega a reitor estudo para implantação de um campus universitário na cidade

A Unimontes estuda a implantação de um campus universitário em Minas Novas. A demanda foi apresentada formalmente pelo secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes), Miguel Corrêa, ao reitor da instituição, João dos Reis Ca­nela. Entre as justificativas está a falta de oferta de ensino superior na região do Alto Jequitinhonha e a localização estratégica de Mi­nas Novas. Segundo a Sectes, a questão geográfica pesou a favor de Minas Novas, já que a universidade mais próxima fica a mais de 200 quilômetros de distância. “Este novo centro possibilitaria uma nova porta de entrada para as pessoas no ensino superior. Minas Novas seria uma espécie de polo para os jovens e adultos de todas as cidades”, informa o órgão. Ao todo, são 37 municípios em um raio de 150 quilômetros que não possui nenhuma unidade de educação pública de ensino superior, forçando jovens e adultos a saírem de casa para estudar.

Estudo para implantação do campus foi entregue ao reitor – Foto: Divulgação / Sectes

O estudo de viabilidade de instalação da unidade da Uni­montes em Minas Novas foi entregue por Miguel Corrêa ao reitor em uma reunião no último dia 26 de março, em que participaram também o secretário de Estado de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Sedinor), Paulo Guedes; o subsecretario de Ensino Superior da Sectes, Marcio Rosa Portes; o superintendente de Ensino Superior, Euler Darlan Neves; e o assessor de assuntos institucionais José Pedro Cordeiro, que é natural de Minas Novas.

A Unimontes informou que a implementação de uma nova unidade da Unimontes é sempre precedida de estudo de viabilidade feito pela própria instituição, que contempla aspectos como o levantamento da demanda existente na região e a análise da vocação regional – que considera os aspectos socioeconômicos, especialmente as principais atividades econômicas desenvolvidas, além da infraestrutura existente, como espaços com salas de aula e de apoio, laboratórios e acesso à Internet.

Outro ponto é a existência de corpo docente qualificado na região ou a possibilidade de estabelecimento de parcerias para garantir transporte e aloja­mento para os professores que precisarem se deslocar do cam­pus-sede. Após concluído, esse estudo detalhado da Unimontes será enviado para avaliação dos departamentos da universidade. Caso aprovado, segue para a apreciação e aprovação das ins­tâncias superiores da instituição, bem como do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais, por se tratar de cursos fora da sede. Nem a Sectes nem a Uni­montes quiseram estimar data para a conclusão do estudo e ins­talação do campus. Mas vale res­saltar que a Unimontes integra a Sectes, e o pedido de instalação de um campus em Minas Novas partiu do próprio secretário e da cúpula da Sectes.

“Projeto se encaixa nas diretrizes do governo Pimentel”

A implantação de uma unida­de da Unimontes em Minas Novas, no Vale do Jequitinhonha, está em conformidade com o projeto políti­co do novo governo de Minas, de dar maior atenção às demandas do Vale do Jequitinhonha, uma re­gião historicamente esquecida pe­los administradores ao longo dos últimos anos. Essa é a avaliação feita pelo assessor institucional da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sec­tes), José Pedro Cordeiro, natural de Minas Novas. “O governador Fernando Pimentel é um político sensível às necessidades do Je­quitinhonha, tanto que foi o único candidato a visitar nossa região na campanha. Ele conhece pro­fundamente nossas demandas e tem um compromisso forte com o desenvolvimento econômico, social e cultural do Vale”, diz José Pedro. “O secretário Miguel Corrêa comunga dessa mesma visão, o que nos deixa muito otimistas de que o projeto sairá do papel muito brevemente”, completa, referindo­-se ao titular da Sectes.

Para José Pedro, é muito im­portante que os moradores das demais cidades do Alto Jequiti­nhonha tenham a clareza de que a instalação da Unimontes em Minas Novas trará benefícios para toda a região, e não apenas para o município-sede. “A demanda repri­mida no campo da educação tec­nológica e superior é muito gran­de no Alto Jequitinhonha. Todos os esforços devem ser feitos para ofertar à população mais opções nesse sentido”, explica.

Técnicos fizeram no início de abril medições nos galpões para subsidiar projeto da Unimontes em Minas Novas – Foto: Divulgação / José Pedro Cordeiro / Sectes

Galpões podem ser aproveitados como sede

Um conjunto de galpões em Minas Novas pode ser a sede do futuro campus da Unimontes. A Secretaria de Ciência, Tecnolo­gia e Ensino Superior (Sectes) informou que foi feita a análi­se de um conjunto de galpões existentes na cidade, que po­deriam passar por obras de adequação, mas não há nada concreto porque a definição do lugar depende do Conselho Uni­versitário. A Sectes informou ainda que já foi feita uma con­sulta à Secretaria de Estado da Educação para parcerias para o uso de estruturas físicas.

De acordo com a Unimon­tes, os terrenos e instalações para a implantação de um campus ou núcleo da Unimon­tes podem ser doados ou cedi­dos pelo município, pelo Esta­do ou por outros parceiros. No caso de Minas Novas, o proces­so encontra-se em fase inicial, por isso, o estudo de viabilida­de indicará se existe local que apresenta condição adequada ou se serão necessárias obras de construção/adaptação de espaços.

Conforme a instituição, outros municípios da área de abrangência da Unimontes também apresentaram pro­postas para a implantação de cursos e unidades.

A definição dos cursos, o que depende de uma análise da vocação regional, assim como a capacidade inicial de atendimento, também são fru­tos do estudo de viabilidade. A Unimontes oferta cursos pre­senciais e a distância, especial­mente no âmbito da Universi­dade Aberta do Brasil (UAB), e o estudo vai indicar quais cursos serão mais viáveis e em quais modalidades. “Cabe considerar ainda que a Unimontes preten­de ofertar cursos de educação profissional (no âmbito do Pro­natec), caso haja demanda e existam condições favoráveis”, informa a instituição.

(Fonte: Matéria publicada na edição 64 do Jornal Acontece, de Capelinha/MG. Reprodução autorizada por seus autores)

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