Henrique do tipo uma piada tenho por fazer
Ou logo, tão logo vão me esquecer
Não tem conteúdo Henrique suas discussões.
Mas onde vais precisas tu ser o bobo da corte.
Seguro num caminho que não precisa dos outros
Seu assombro pior é alguém lhe tomar esse título de bobo da corte.
Já que não foi o primeiro entre os nobres.
Passa horas e dias buscando alguém gracejar
Investiga os amigos na surdina
Tentando apressar-se a e inimigos para não ter nesse teatro concorrência
… mas tudo inócuo; um vazio Henrique que se diz cristão.
Confabula lindas palavras bíblicas e até faz a oração
Não demora entra a corte e salteia o bobo, reinventa outra confusão
Faz tanta gente ri e se alimenta ai que nunca vai tirar essa máscara
Envelhecendo a tinta sobre um rosto cheio de marcas.
Cheio de rugas, e chagas encrudescidas
Onde sob estão guardadas neste sarcasmo inebriante
Uma vida tediosa e triste que conseguiu esconder da corte.
Henrique dono do picadeiro será gente grande, o dono do circo.
Henrique é justamente aquela farsa
Que um dia perde toda a graça
O espetáculo a sua volta sucumbe-se
E o bobo herói daqueles idos ali trancafiado em sua desgraça
Num último desesperado ato
Pega bala e se mata
Deixando a corte um porquê
E essa ultima piada.
Mas por hora nos alegremos
Henrique ainda estará por aqui uns vinte e dois anos, estrelado, para nos divertir bastante.
Ou enquanto lhe proporcionarem o espetáculo.
Quem é Marco Aurélio?
Ipatinguense, criado em Governador Valadares, Polícia Militar no posto de 2º Tenente lotado no 19º BPM e Bacharel em Direito com especialização em Ciências Jurídicas.
Escreve desde os treze anos, mas foi em 2005 que começou a escrever seus livros. Atualmente tem quatro livros de poesias, porém, devido as constantes mudanças por causa da profissão e carreira policial, ainda não os publicou.
Já teve trabalhos publicados em jornais das cidades onde já morou: Governador Valadares, João Monlevade e Paracatu. Também compõe crônicas e peças teatrais. Atualmente trabalha em “O Anúncio”, para o teatro.
