Avião da AirAsia desaparece na Indonésia com 162 pessoas a bordo

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Airbus A320-200 desapareceu do radar às 6h17 (local) deste domingo (28). Voo QZ-8501 seguia para Cingapura e atravessou mau tempo.

No terceiro acidente ligado à Malásia neste ano, um avião da AirAsia com 162 pessoas a bordo desapareceu neste domingo quando voava sobre o Mar de Java, depois de ter decolado de uma cidade na Indonésia com destino a Cingapura.

Os dois países imediatamente iniciaram operações e busca e resgate pela aeronave que fazia voo 8501, mas não havia sinais do avião mais de sete horas depois de ele ter perdido contado com os controladores.

Modelo de Airbus da AirAsia similar ao A320-200 que desapareceu com 162 a bordo neste domingo quando voava sobre o Mar de Java, na Indonésia (Foto: Vincent Thian/AP)

A AirAsia, uma empresa de baixo custo fundada em 2001 pelo empresário malaio Tony Fernandes, disse em comunicado que o Airbus A320-200 desaparecido seguia a rota prevista. Porém, o piloto havia pedido um desvio em razão das condições climáticas antes de perder contato, quando o avião ainda estava sob o controle de tráfego aéreo da Indonésia.

A companhia aérea, que atua na maior parte do sudeste asiático e recentemente passou a operar também na Índia, nunca perdeu um avião antes e tem bons registros de segurança.

“Não ousamos a supor o que aconteceu, exceto que perdemos o contato com o avião”, afirmou aos jornalistas Djoko Murjatmodjo, diretor geral interino de transportes da Indonésia. Segundo ele, a última comunicação entre o piloto e o controle aéreo aconteceu às 6h13 (horário local, 21h13 de sábado em Brasília), quando o piloto “pediu para evitar as nuvens e virar para a esquerda, além de subir para 34 mil pés ( 10.360 metros)”. Ele disse que nenhum sinal de socorro foi emitido da cabine da aeronave.

O contato foi perdido cerca de 42 minutos depois de o avião ter decolado do aeroporto de Surabaya, declarou Hadi Mustofa, funcionário do Ministério dos Transportes, à emissora indonésia MetroTV. Isso aconteceu cerca de uma hora antes do horário em que a aeronave deveria pousar em Cingapura.

Dentro do avião estavam dois pilotos, cinco tripulantes e 155 passageiros, dentre eles 16 crianças e um bebê, informou a AirAsia da Indonésia em comunicado. Dentre os passageiros há três sul-coreanos, um cidadão de Cingapura, um malaio e um francês. Os demais eram indonésios.

De acordo com o comunicado, o capitão no comando da aeronave tinha um total de 6.100 horas de voo, uma quantidade substancial e o primeiro oficial, acumulava 2.275 horas de voo.

Murjatmodjo, o funcionário indonésio, disse que acredita-se que a aeronave tenha se perdido em algum ponto entre o Mar de Java, entre Tanjung Pandan, na ilha de Belitung, e Pontianak, na parte indonésia da ilha de Bornéu.

O ministro dos Transportes Ignasius Jonan disse aos jornalistas em Surabaya que acredita-se que a posição da aeronave era próxima da linha costeira. Segundo ele, as buscas envolvem agora o Exército indonésio, a agência nacional de Busca e Resgate, além instituições de Cingapura e da Malásia. Ele afirmou, porém, que os esforços se concentrarão na área próxima à ilha de Belitung.

O porta-voz da Força Aérea Hadi Tjahjanto informou que três aeronaves, dentre elas um avião de vigilância, foram enviadas para a região. A Força Aérea e a Marinha de Cingapura também realizam buscas com dois C-130.

A passagem por um local com situação climática ruim pode ser a causa do desaparecimento, embora os aviões da Airbus sejam muito sofisticados e consigam se ajustar automaticamente a rápidas variações na direção e/ou velocidade do vento (fenômeno conhecido como windshear) e a outros eventos meteorológicos. Apesar disso, o clima foi um dos fatores mais importantes em outros desastres aéreos ocorridos em altitude de cruzeiro, dentre eles o voo 447 da Air France que em 2009, que caiu no oceano Atlântico.

Outra possibilidade é algum tipo de fadiga metálica causada pelo ciclo de pressurização e despressurização, associada a cada ciclo de decolagem e pouso, embora isso seja pouco provável, já que a aeronave tem apenas seis anos de uso.

(Agência Estado)

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