Uma empresa britânica está desenvolvendo uma nova tecnologia que promete revolucionar as viagens aéreas (principalmente as espaciais). De acordo com a Reaction Engines, seus aviões serão capazes de viajar a qualquer lugar do mundo em apenas quatro horas. Além disso, a empresa afirma que com a tecnologia será possível fazer voos espaciais com custo mais baixo do que é possível hoje.
Isso será graças a uma tecnologia que a Reaction Engines batizou de Sabre em suas turbinas. Com ela, aviões deve ser capaz de atingir velocidade Mach 5,5, ou seja, viajará a mais de cinco vezes a velocidade do som – o equivalente a 6,7 mil quilômetros por hora.
Skylon: avião deve voar a mais de cinco vezes a velocidade do som – Foto: Divulgação
Em um vídeo (no final deste texto, em inglês), o engenheiro chefe da empresa, Alan Bond, explica o que permite o Skylon (o avião da empresa) atingir essa velocidade. Basicamente, o grande trunfo é a capacidade de resfriar o ar.
Mais de 1,250 toneladas de ar atmosférico são capturadas pelas turbinas do Skylon enquanto ele voa. Com a tecnologia “precooler”, o ar dentro das turbinas é esfriado de uma temperatura de mil graus Celsius para -150 graus. Isso permite que o sistema funcione com um poder muito mais alto do que acontece hoje sem que a turbina sofra com altas temperaturas.
Com isso, uma velocidade muito mais alta pode ser alcançada. A empresa afirma que isso possibilitaria viajar entre pontos distantes do planeta em apenas quatro horas.
Inicialmente a empresa trabalha com a turbina em um avião não tripulado para transporte de cargas espaciais. Uma versão do avião para transporte de passageiros está em desenvolvimento.
Uma parceria com a Agência Espacial Europeia está trabalhando para deixar a tecnologia economicamente viável. Por enquanto, eles trabalham com um jato com capacidade para 300 passageiros. De acordo com a empresa, um número menor deixaria o projeto inviável por conta do preço por passageiro.
O Skylon e sua tecnologia ainda estão em desenvolvimento e testes. A previsão é que eles possam ser usados comercialmente a partir de 2019.
Veja um vídeo do engenheiro chefe explicando a tecnologia (em inglês):
(Fonte: Portal Exame da Abril)