Jornalista do Norte de Minas ganha duas categorias do Prêmio Esso 2014

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Luiz Ribeiro ganhou na categoria Informação Econômica e Centro-Oeste. Ao todo foram inscritos 1.047 trabalhos em diferentes categorias.

Foi divulgada a relação dos vencedores do Prêmio Esso 2014, o mais importante e mais tradicional concurso do jornalismo brasileiro. O jornalista norte-mineiro Luiz Ribeiro ganhou duas premiações na mesma edição do Prêmio. Com isso, Ribeiro chega a quatro Essos, situando-se entre os maiores ganhadores da historia da premiação.

Luiz Ribeiro realizou ainda uma série de reportagens sobre o Vale do Jequitinhonha. Ele está há 23 anos no jornal Estado de Minas – Foto: Danilo Evangelista/Divulgação

Foram inscritos no Prêmio Esso deste ano 1.047 reportagens, sendo 519 reportagens e séries de reportagens impressas; 175 trabalhos fotográficos; 291 trabalhos de criação gráfica (Jornal, Revista e Primeira Página) e 62 trabalhos de telejornalismo.

O corpo de jurados foi formado por jornalistas reconhecidos em todo o país por sua experiência, competência e credibilidade. A cerimônia de premiação será no dia 2 de dezembro, no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro.

Quem é Luiz Ribeiro?

Natural de Francisco Sá, Luiz Ribeiro iniciou-se na profissão no extinto O Jornal de Montes Claros. Passou pelo Jornal de Noticias e pelo Hoje em Dia.

Há quase 23 anos, é repórter do Estado de Minas/Correio Braziliense. Ele jáa cumula 44 prêmios de jornalismo regionais e nacionais, por trabalhos individuais e em equipe.

Luiz Ribeiro assinou inúmeras reportagens sobre o Vale – Foto: Danilo Evangelista/Divulgação

Suas reportagens abordam temas sociais, econômicos, ambientais e questões ligadas à saúde e educação e outros temas de relevância para o desenvolvimento econômico e social.

Na edição do Prêmio Esso de 2014, Luiz Ribeiro foi vencedor da categoria Centro-Oeste, juntamente com o repórter Mateus Parreiras, com a série de reportagens “Nova Fronteira da Seca”, publicada pelo Estado de Minas em setembro de 2013.

O trabalho focaliza a falta de água no Noroeste de Minas e no Norte do estado, abordando também o problema da ameaça de desertificação.

Para elaborar as reportagens, o jornalistas percorreram cerca de 3 mil e 200 quilômetros. Luiz Ribeiro percorreu mais de 1.200 quilômetros no Norte de Minas.

Uma das áreas visitadas foi a região do Pentáurea, no município de Montes Claros, onde a degradação causada pelo desmatamento e extração ilegal de areia ameaçam as nascentes dos rios São Lamberto, Pacuí e Guavinipã. Condomínios rurais em desobediência às normas também preocupam os ambientalistas.

No município de Francisco Sá, foi documentada área onde já são visíveis sinais de desertificação no próximo do distrito de Cana Brava.

Também foram focalizadas situações enfrentadas por moradores da zona rural de Espinosa,um dos municípios mais castigados pela falta d’água em Minas.

Reportagens mostraram perigo da desertificação do Norte de Minas

A reportagem percorreu ainda os municípios de Matias Cardoso, Jaíba, Verdelândia, Janaúba, Monte Azul, Espinosa, Montes Claros, Coração de Jesus, São João da Lagoa e Francisco Sá. “O tema abordado é de suma importância para o Norte de Minas, colocando em discussão a busca de soluções para a convivência com a seca, a necessidade de preservação do meio ambiente e de ações preventivas contra a desertificação”, observa Ribeiro, que ressalta também a importância do trabalho em parceria com Mateus Parreiras, que já rendeu à dupla outros títulos, como os prêmios Embratel, Petrobras e Délio Rocha de Interesse Público.

O problema da desertificação do norte do estado de Minas Gerais é uma luta travada por ambientalistas da região – Foto: Danilo Evangelista/Divulgação

A série “A Nova Fronteira da Sede” também é finalista do Premio ANA/2014, promovido pela Agência Nacional de Águas.

Na série de reportagens 20 anos do Plano Real, publicada pelo Correio Braziliense, Luiz Ribeiro visitou o município de Itacambira – na área urbana e na zona rural, cidade que tinha visitado na época do lançamento do Plano Real, em julho de 1994.

O repórter conseguiu localizar os mesmos personagens que entrevistou em 1994 e mostrou as transformações na vida deles, ao longo de 20 anos.

“Acredito que o Prêmio Esso é um reconhecimento ao esforço jornalístico. No meu caso, pelo fato de eu ser o único ganhador que mora no interior, isso é uma demonstração da boa qualidade do trabalho jornalístico fora dos grandes centros, sendo uma valorização dos profissionais da área de todo o Norte de Minas”, afirma o repórter.

(Fonte: Ana Maria Barbosa Comunicação)

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