Não é novidade que o consumo exagerado de álcool é prejudicial à saúde. O que nem todo mundo sabe é que, associada a fatores de risco, a bebida alcoólica pode elevar as chances do surgimento de diversos tipos de tumores malignos, inclusive na mama.
De acordo com o oncologista da Oncomed, Amândio Soares, a relação direta do uso do álcool com o câncer de mama ainda está em pesquisa, porém há a comprovação de que a bebida é um fator de risco.
“Alguns estudos mostram que a mulher que consome mais de 45 gramas de álcool por dia, o equivalente a três drinques, tem uma vez e meia mais riscos de desenvolver o câncer de mama, em comparação com as que não bebem”, disse.
Mas a ação da bebida na reincidência do câncer segue uma lógica: apenas consumos exagerados são arriscados.
O chefe do setor de Oncologia do Hospital MaterDei, Enaldo Lima, frisou que o álcool é um fator de risco se for associado a fatores como obesidade, sedentarismo, alimentação não saudável e hereditariedade.
Ele afirmou que o álcool é um co-fator no aumento da possibilidade da carcinogênese, ou seja, da formação do tumor. Mas aquela cervejinha moderada do fim de semana não está comprometida.
“O consumo esporádico não causa mal, mas sim um consumo exagerado e a longo prazo”, destacou Lima.
Tabaco é outro vilão
Segundo Enaldo Lima, o cigarro é outro vilão no que se refere a fatores de risco para câncer. Ele possui mais de 50 substâncias cancerígenas que podem contribuir para o desenvolvimento da doença em várias partes do corpo, além de componentes químicos tóxicos.
“Em qualquer parâmetro o cigarro é mais prejudicial. O tabaco não pode ser usado em hipótese alguma”, destacou.
Sobre o câncer de mama, o oncologista observou que a melhor maneira de evitar a doença é realizar a mamografia anualmente a partir dos 40 anos e prevenir. “Não consumir álcool de forma abusiva, não ser obeso, praticar atividades físicas e manter hábitos alimentares saudáveis, não deixam de ser uma forma de prevenção”, finalizou.
(Hoje em Dia)