Família que cultivava maconha em Montes Claros precisa de tratamento para tuberculose

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Seis crianças e o padrasto precisam de tratamento. Polícia encontrou pés de maconha e muita sujeira na casa da família.

O casal que cultivava pés de maconha no quintal de casa, em Montes Claros, no Norte de Minas, continua preso por tráfico de drogas. Segundo a Vigilância Epidemiológica da cidade, o padastro e todas as seis crianças que residiam na residência estão com tuberculose.

A doença exige tratamento rigoroso durante seis meses. De acordo com Rafael Nobre, coordenador da Vigilância Epidemiológica, a família já tinha iniciado o tratamento em maio deste ano. “As crianças continuam com o tratamento, mas infelizmente o padastro sempre interrompeu. De maio até julho forma umas três vezes”, afirma.

Nobre disse ainda que, por serem usuários de drogas, o casal ameaçava constantemente os enfermeiros do Estratégia Saúde da Família. “Eu fui ameaçado e enfermeiros também. Chegou a um ponto de risco muito grande para a gente. Então, pedimos intervenção do Ministério Público”, explica.

Casal foi prso por tráfico de drogas (Foto: Reprodução/Inter TV)

O caso da família chamou a atenção, até mesmo dos policiais, devido ao nível de vulnerabilidade encontrada na residência. A casa não possui energia elétrica e estava cheia de insetos. Uma construção no fundo do quintal era utilizada para guardar armas e drogas. “Segundo informações do proprietário, essa construção foi feita pelos traficantes. Lá era feita dolagem e armazenamento de drogas”, diz o sargento da PM, Elthon Gomes.

A família recebia cerca de R$ 1 mil por mês para guardarem o material. Durante a prisão na segunda-feira (20), uma menor de 15 anos afirmou aos policiais que era obrigada a ter relações sexuais com traficantes, mas em depoimento na Vara da Infância e Juventude ela mudou a versão. “Ela negou que fosse obrigada. Disse que há cerca de dois anos teve um namorado adolescente que era traficante e manteve relações com ele”, afirma a promotora Valmira Alves Maia.

A adolescente confirmou à promotora que começou a traficar aos 13 anos e, agora, também comercializava maconha cultivada em casa. “Ela admitiu que plantava e vendia os vasos. Disse ainda que o tráfico era feito também pela mãe”, declara ainda a promotora.

Após ser ouvida, a menor foi liberada, mas pode ser indiciada por crime análogo ao tráfico de drogas. Por causa da prisão do casal, as crianças foram entregues a parente pelo Conselho Tutelar.

Já a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social informou que, devido a uma normativa do Sistema Único de Assistência Social, não podem divulgar dados sobre intervenções realizadas.

(Inter TV Grande Minas)

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