Justiça determina que integrantes do MST saiam de fazenda ocupada em Novo Cruzeiro

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Famílias ocupam área de 340 hectares há treze anos, em Novo Cruzeiro. Liminar da 3ª Vara Agrícola estabeleceu dez dias para a saída.

Representantes de aproximadamente 150 pessoas do Movimento Sem Terra (MST) se reuniram na terça-feira (23), na Câmara de Vereadores de Novo Cruzeiro, no Vale do Jequitinhonha, para negociar uma desocupação de terras. Segundo a Polícia Militar, o grupo do MST ocupou uma área de 340 hectares , a 9km da cidade, e usam o lugar para atividades agrícolas. Os ocupantes deverão sair das terras em até dez dias.

Reunião realizada entre representantes do MST e autoridades (Foto: Cristiano Dias/G1)

De acordo com a polícia, a área foi ocupada há 13 anos, mas agora uma liminar da justiça, requisitada pelos donos da fazenda ocupada, foi expedida, exigindo a desocupação do terreno. A ordem para reintegração de posse veio do comando da PM em Belo Horizonte, através da 3ª Vara Agrícola.

Para conversar sobre a possível saída do grupo de pessoas, o MST se reuniu com os militares, bombeiros, Polícia Civil e a Secretaria Regional de Estado.

Após uma hora e meia de negociação foi dado um prazo de dez dias para a solução do problema. Na reunião, foi determinado que a Prefeitura de Novo Cruzeiro pode comprar, nestes dez dias, 27 hectares da fazenda, onde vivem as 35 famílias do movimento, para manter a produção agrícola produzida na área. O valor de compra ultrapassa 100 mil reais.

Segundo o líder do MST, a desapropriação imediata não deveria ser realizada, porque o acampamento se tornou uma colônia agrícola e vários produtos cultivados no local são comercializados na região. Ainda de acordo com a liderança do movimento, as famílias vão resistir às tentativas de desocupação da área.

De acordo com a polícia, caso a compra não aconteça, a ordem de reintegração de posse deve ser cumprida. Os proprietários da fazenda não foram localizadas para comentar sobre a desocupação. (G1)

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