Adolescente de doze anos é agredida em Capelinha por ser considerada “Patricinha”

1

Menor levou puxões no cabelo e tapas no rosto. Uma das agressoras disse à polícia que se fosse presa seria bom para “comer de graça”

“Não vou conversar com quem eu não conheço”. A frase é de uma menina de 12 anos que foi espancada por sete garotas em Capelinha, no Vale do Jequitinhonha, na última terça-feira (2). As agressões aconteceram porque as adolescentes consideravam a vítima “patricinha” e “metida”.

A estudante contou que foi abordada pelas suspeitas quando saiu de casa para fazer compras com a mãe. “Minha mãe saiu andando na frente. As meninas começaram a subir o morro e, quando se aproximaram de mim, começaram a me xingar e me chamar de patricinha. Não dei bola e, com isso, elas começaram a atirar pedras na minha direção”, contou a estudante.

Por sorte, a vítima não foi atingida. Porém, as meninas se juntaram e começaram a puxar o cabelo e estapear o rosto da garota. “Consegui escapar e saí correndo para encontrar minha mãe. Uma viatura da polícia estava passando e parou para saber o que tinha acontecido”, explicou a menor.

Os pais da vítima registraram um boletim de ocorrência e, durante rastreamento, militares conseguiram localizar as agressoras. Eles confessaram que bateram no desafeto. Conforme o registro da Polícia Militar, uma das menores chegou a afirmar que “vai voltar a pegar a vítima e que vai ser bem pior”.

A menina que voltou a ameaçar a jovem tem 15 anos e era a única que a vítima conhecia. “Acho que ela ficou com raiva porque uma vez tentou puxar conversa comigo e eu não quis. Se eu não conheço, não vou conversar”, disse a garota.

A menina conta que, depois do episódio, só sai de casa acompanhada. “Meu pai ou irmão me levam e buscam na escola. Fiquei com medo de acontecer novamente. Essas meninas precisam entender que isso é errado. Se fosse com elas, tenho certeza que não iam gostar”, finalizou.

“Sei que não vou ser presa”

Durante a conversa com os policiais, uma das garotas disse que, mesmo sendo levada para a delegacia, sabia que não ficaria presa. A agressora foi além e afirmou que, se por ventura, for presa algum dia vai ser bom, uma vez que “vai comer de graça”.

As jovens foram encaminhadas à Delegacia de Plantão de Capelinha, onde foram ouvidas e liberadas.

(O Tempo)

1 COMENTÁRIO

  1. As coisas em Capelinha sempre foram assim…
    Só que com circunstancias como esta, vindo à tona, algo precisa ser feito… Se a garota que agrediu nao vai ser presa, porque é menor, que os pais dela respondam por isso. Aí, os adolescentes vao mudar… quando ver o pai pagando pelo que fizeram e eles sem os pais dentro de casa forem entregues a juizados de menores e ou conselheiros tutelares…

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui