A educação e o conhecimento: A base para o desenvolvimento – Alexandre Sylvio Vieira da Costa

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Cientistas de um certo país realizaram uma pesquisa inédita com uma aranha. Cortaram uma das pernas da aranha e, em seguida gritaram: “ande aranha!”, e a aranha andou. Cortaram mais uma das pernas da aranha e gritaram novamente: “ande aranha!”, e a aranha andou. Fizeram os mesmos testes com as demais pernas da aranha até que, finalmente, arrancaram a última perna do pobre aracnídeo e gritaram: “ande aranha!” e a aranha não andou. Gritaram novamente e mais forte: “ande aranha!” e ela não andou. Após vários gritos ensurdecedores chegaram à seguinte conclusão sobre a pesquisa: aranha sem pernas é surda!

Piadas a parte, a ciência é uma caixinha de surpresas, mas nem tanto, afinal antes de iniciarmos uma atividade de pesquisa científica devemos nos basear inicialmente no conhecimento e no entendimento dos processos para realizarmos os estudos adequados e chegarmos às conclusões corretas evitando afirmar que a aranha sem pernas é surda. Todo estudo que trazemos da infância, desde os primeiros anos até a Universidade são fundamentais para a compreensão dos eventos, analisando os mesmos de forma lógica. O dois mais dois da matemática, a aceleração do automóvel da física, as proteínas das ciências e por aí vai. Como poderíamos calcular a estrutura de uma ponte sem saber cálculo; como poderíamos entender e curar uma gripe se não sabemos quem são os vírus. Todos os eventos do planeta (ou quase todos) podem ser explicados com base técnica e científica considerando que dominamos o conhecimento básico das matérias.

Em muitas situações além do conhecimento básico que deve ser sólido, devemos ter também o conhecimento específico. Antigamente para melhorar a produção do milho, por exemplo, era necessário ter o conhecimento das variedades de milho e cruzá-los entre si, ou seja, só podíamos cruzar o milho com milho. Com o advento dos transgênicos esta restrição genética acabou e agora podemos associar o material genético do milho com o feijão, o arroz, os microrganismos e qualquer outro individuo, bastando através de uma célula ou um conjunto de células retirar o material genético que interessa injetando na célula da planta e pronto: transferimos a informação genética de um individuo para o outro completamente diferente. Mas para que o cientista pudesse realizar esta tarefa foram necessários anos de estudo na graduação, no mestrado, no doutorado e até mesmo no pós-doutorado. A transgenia tem sido uma ferramenta fundamental na melhoria do desempenho de nossa agricultura, mas que só é desenvolvida por pessoas que entendem rigorosamente do assunto, os cientistas geneticistas.

Após este longo discurso gostaria de afirmar que: estudar é bom, estudar é divertido, estudar traz novos conhecimentos, abrindo a nossa mente para o novo, e pensando em como melhorar determinada situação, pensamento este baseado na carga de conhecimento que adquirimos desde o inicio de nossos estudos. Meninos e meninas, vamos estudar, pois o futuro da ciência, da tecnologia e do desenvolvimento social está em suas mãos, ou melhor, nas suas mentes, no seu conhecimento. Como dizia minha avó: “conhecimento não ocupa espaço, por isso, vai estudar menino!”

Quem é Alexandre Sylvio Vieira da Costa?



– Nascido na cidade de Niterói, RJ;
– Engenheiro Agrônomo Formado pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro;
– Mestre em Produção Vegetal pela Embrapa-Agrobiologia/Universidade Federal Rural do
Rio de Janeiro;
– Doutor em Produção Vegetal pela Universidade Federal de Viçosa;
– Pós doutorado em Geociências pela Universidade Federal de Minas Gerais;
– Foi Coordenador Adjunto da Câmara Especializada de Agronomia e Coordenador da
Comissão Técnica de Meio Ambiente do CREA/Minas;
– Foi Presidente da Câmara Técnica de eventos Críticos do Comitê da Bacia
Hidrográfica do Rio Doce;
– Atualmente, professor Adjunto dos cursos de Engenharia da Universidade Federal dos
Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Campus Teófilo Otoni;

– Blog: asylvio.blogspot.com.br
– E-mail: alexandre.costa@ufvjm.edu.br

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