A presidenta Dilma Rousseff classificou nesse sábado, 9 de agosto, de inadmissível o uso da rede de internet do Palácio do Planalto para alteração de perfis de jornalistas na Wikipédia, enciclopédia virtual. “A minha opinião é que isso é absolutamente inadmissível por parte do Planalto, do governo federal, ou por parte de qualquer governo. Nesse caso específico é algo que quem individualmente quiser fazer que o faça, mas não coloque o governo no meio”, afirmou Dilma, candidata à reeleição pelo PT, durante evento de campanha em Osasco, na Grande São Paulo.
A presidenta ressaltou que determinou à Casa Civil uma investigação com a participação do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), do Ministério da Justiça, da Polícia Federal, da Secretaria-Geral da Presidência e da Controladoria-Geral da União (CGU). “Eu, particularmente, acho, pela experiência que a gente sabe que existe, que é possível descobrir. Não vou chegar e falar ‘vai ser descoberto’, mas acho que é possível descobrir”, acrescentou.
Reportagem do jornal O Globo, publicada sexta-feira, 8, aponta que os perfis dos jornalistas Miriam Leitão e Carlos Alberto Sardenberg, ambos da Rede Globo, na Wikipédia, foram alterados, em maio do ano passado, a partir da rede de internet do Palácio do Planalto. Foram incluídas críticas às atuações dos profissionais como comentaristas econômicos.
Dilma lembrou que já teve o e-mail invadido. “O meu e-mail foi pirateado, a minha conta era UOL. Abriram meu e-mail, abriram totalmente meu e-mail, no final da campanha de 2010, ou no início, não me lembro ao certo. Eu repudio integralmente esse tipo de ação, como o fiz diante de todos os vazamentos.” (Agência Brasil)