Vítima teria contratado profissional que não compareceu em audiência. Ele garante que jamais ouviu falar sobre a vítima e não sabe do caso.
A Polícia Civil de Governador Valadares, no Leste de Minas Gerais, vai investigar uma suposta ação de estelionato por parte de um advogado na cidade. O caso chamou a atenção após a vítima, uma mulher de 31 anos registrar uma ocorrência na manhã desta terça-feira.
De acordo com a vítima, ela procurou um advogado após descobrir que a filha adolescente de 14 anos estava grávida de um homem de 32 anos. Ele procurou um homem de 40 anos que afirmou ser advogado, mas por não ter inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), passaria para outro profissional assinar as petições judiciais.
Segundo informações que constam no Boletim de Ocorrência (BO), o advogado teria recebido das mãos da vítima, cópias de documentos pessoais da adolescente e uma procuração assinada para que ele pudesse representá-la em juízo.
No entanto, no dia 7 de julho, data em que aconteceu uma audiência no Fórum de Valadares, o advogado não compareceu.
“Ele me orientou e disse que nesta audiência ele não precisaria estar presente. Mas o juiz cobrou a presença dele na ocasião e até telefonou para ele que disse não ter entrado com ação nenhuma, que não advoga em Valadares e que não tinha conhecimento da causa. Só que eu tenho os comprovantes de pagamentos no valor de R$ 300 que fiz a ele e assinados por ele”, garante a vítima.
O juiz concluiu que o homem que se apresentou com advogado para a vítima estaria falsificando a assinatura de outro advogado que atua na cidade de Itaúna, na região centro-oeste de Minas Gerais.
Por telefone, o homem confirmou que é advogado, mas que não possui registro na OAB. “Estou em Belo Horizonte resolvendo um caso, mas adianto que desconheço essa pessoa e jamais tive conhecimento deste caso”, afirmou o advogado.
Agora a Polícia Civil de Valadares vai investigar se houve um caso de estelionato ou crime de falsidade ideológica. (G1)