Mãe e padrasto foram presos e autuados por tortura a duas crianças de 3 e 4, neste domingo, 29 de junho, em Santa Bárbara do Leste/MG. Josina Concebida Moysés, de 36 anos, foi autuada pelo crime de tortura por omissão, e José Mateus da Silva, de 35, por tortura.
Segundo o delegado responsável pela investigação do caso, Luiz Eduardo Moura Gomes, as crianças foram encaminhadas para o IML de Caratinga, sendo constatado pelo médico legista que as lesões eram muito graves. “As crianças haviam sofrido agressões seguidas com o que o autor alega ser um arreio, aquele chicote usado em cavalos. Uma das crianças ainda apresentava queimadura na face. Todas as lesões sem tratamento. As crianças estavam com febre e correndo risco de morte”, destacou, ressaltando que posteriormente as crianças foram encaminhadas ao Pronto Atendimento Municipal de Caratinga e seguem internadas.
(Padastro e mãe das crianças foram presos e autuados por tortura)
O caso de tortura envolvendo mãe e padrasto aconteceu no Córrego Barra Alegre, na zona rural de Santa Bárbara do Leste. Os meninos foram encontrados com ferimentos graves deitados em cima de uma cama. A tortura contra as crianças foi descoberta depois que a Polícia Militar foi chamada para registrar o desaparecimento de João Paulo Camilo, de 7 anos. O terceiro filho de Josina Concebida. Ao chegar ao local, os militares se depararam com as crianças muito machucadas. Conforme relatado por soldado William Toledo, a primeira providência foi acionar o conselho tutelar.
Na delegacia, os responsáveis pelas crianças prestaram depoimentos. Segundo o delegado, a mãe alega que o padastro em quem provocava as lesões, batia de forma constante. O padrasto alega que bateu, mas a mando da mãe. Ao conversar com a reportagem, José Mateus e Josina Concebida apresentaram as suas versões. O padastro afirmou “ela (mãe) é uma pessoa muito nervosa. No início ela até chegava a agredir os meninos, mas aí eu fui falando com ela que não pode agredir. Perto de mim ela agrediu uma vez, começou a querer bater no menino com o corrião e eu falei que não podia, porque ela poderia até ir presa. Pelo menos perto de mim, nunca mais eu agredi”.
A mãe informou que nunca bateu e quando indagada sobre os ferimentos e o estado de saúde dos filhos e a falta de procura por uma assistência médica, ela justificou: “ele (padrasto) estava trabalhando no carro e eu não tinha número de ambulância, nem telefone para levar eles no médico”.
As crianças seguem internadas. Após receberem alta, serão liberadas a familiares, a tios, irmãos do pai falecido, que estão dispostos a ficar com as crianças. As buscas por João Paulo continuam.
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Reportagem da TV Super Canal:
(Foto e informações da TV Super Canal)