Força Tarefa percorre cidades do Vale do Jequitinhonha para identificar focos de desmatamento ilegal

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Uma força-tarefa foi montada depois que a Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontaram Minas como o líder do desmatamento pelo quarto ano consecutivo

Minas Gerais foi apontado pelo quarto ano consecutivo como o estado brasileiro onde há mais supressão de mata atlântica. Para tentar diminuir o índice de desmatamento, o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) finaliza nesta sexta-feira uma força-tarefa por sete cidades onde foram constatados a maior área desmatada no Estado. Nesses municípios, o que predomina é a ação de carvoeiros. O resultado da ação será divulgado no início da próxima semana.

A força-tarefa acontece em continuação de uma operação que começou em julho deste ano. Até agosto, aproximadamente 10 mil hectares foram verificados, sendo lavrados 25 Autos de Infração. Além disso, desde junho os Documentos Autorizativos de Intervenção Ambiental (Daias) e as Autorizações de Intervenção Ambiental (Aias), para a silvicultura no Bioma Mata Atlântica, estão suspensas temporariamente. “Já fizemos a ação de fiscalização, agora contamos com o deslocamentos das equipes em campo para fiscalizar os municípios que apontaram maiores índices de desmatamentos”, explica Marcelo da Fonseca, Superintendente de Fiscalização Ambiental Integrada da Secretaria de Estado de Meio-Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).

Desde segunda-feira, seis equipes estão percorrendo os municípios de Almenara, Águas Vermelhas, Itinga, Jequitinhonha, Ladainha, Novo Cruzeiro e Padre Paraíso. “Essas cidades estão entre as dez que mais provocam o desmatamento no Estado. As outras três que não estão presente, já conseguimos fiscalizar anteriormente”, afirma o superintendente.

As equipes vão fazer o levantamento de 89 focos de desmate. Caso seja comprovadas as irregularidades, os responsáveis serão autuados administrativamente e criminalmente. As áreas que foram percorridas são identificadas anteriormente pela Semad. “Com base no monitoramento contínuo, conseguimos identificar os polígono comuns de desmatamento. Com os dados, fazemos o acompanhamento e elaboramos croquis com os dados. As equipes percorrem os trecos com ajuda de GPS”, diz Marcelo da Fonseca.

De acordo com o superintendente, os principais alvos são carvoeiros que agem nos municípios. Os dados das autuações serão divulgados na próxima semana.

Minas líder do ranking de desmatamento

Em junho deste ano, a Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgaram dados tristes para Minas Gerais sobre o desmatamento. O estudo apontou que o Estado onde há mais supressão de mata atlântica do país. Esse título foi dado pelo quarto ano consecutivo. A pesquisa mostra que foram desmatados no país 23.548 hectares de vegetação nativa entre 2011 e 2012, aumento de 29% em relação ao período anterior, segundo publicado no atlas dos remanescentes florestais. Quase metade da destruição ocorreu em Minas, com 10.752 hectares desmatados em dois anos, seguido da Bahia e Piauí.

(Estado de Minas)

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