Três dos detidos são suspeitos de agredir um policial no Fórum da cidade. Manifestantes pedem suspensão de ordem de despejo no Santa Cruz.
Quatro pessoas foram presas durante a manifestação no Fórum Gonçalves Chaves em Montes Claros, na tarde desta terça-feira (27). Três dos detidos são suspeitos de agredir um policial militar.
Manifestantes ocuparam o Fórum Gonçalves Chaves em Montes Claros. (Foto: Valdivan Veloso/G1)
O tumulto iniciou quando o juiz Francisco Lacerda deu voz de prisão para um dos manifestantes, que reagiram agredindo o magistrado e um policial. O magistrado tentou proteger o policial que chegou a sacar uma arma, mas não efetuou nenhum disparo.
“Estou com o olho vermelho. No momento em que fui realizar a prisão a pedido do juiz, fui agredido. Levei uma paulada na cabeça e eles falam que a manifestação é pacífica!”, afirma o cabo Arlen Cardoso.
Os manifestantes, por sua vez, negam a agressão contra o policial. “A agressão não partiu da parte dos manifestantes. Tudo que nós não queremos é que alguém saia ferido”, diz Iasmin Chequer.
O protesto permaneceu calmo por alguns minutos e os manifestantes montaram até um conzinha improvisada. Mas com a chegada da tropa de choque ao local a tensão voltou e alguns manifestantes saíam com crianças no colo enquanto um grupo de mulheres rezava pedindo que a ação acontecesse sem violência.
Três envolvidos na agressão ao policial e ao juiz foram presos. Outro manifestante também foi preso por desobediência. De acordo com a Polícia Militar, eles serão encaminhados a delegacia.
Mandado de despejo
Os manifestantes reivindicam a permanência de moradores no chamado agrupamento Santa Cruz, localizado próximo a Avenida João XXIII. Segundo eles, existem famílias que estão há mais de 15 anos no local.
Uma liminar foi expedida em fevereiro deste ano ordenando a saída dos moradores do terreno. Agora os moradores querem que a juíza Cibele Maria assine uma nova liminar suspendendo esta decisão.
“Não vamos sair enquanto esta liminar não ser assinada viemos preparados para ficar o tempo que for necessário. A juíza emitiu o mandado de despejo sem que os favorecidos tenham documento comprovando a posse do local”, afirma Iasmim Chequer. (G1)
Com medo, manifestante corre do local com um recém-nascido no colo. (Foto: Valdivan Veloso/G1)