Rosilene Ávila – Família e sociedade

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Convidada a escrever uma coluna passei a me perguntar: O que é de interessse das pessoas hoje em dia? O que seria capaz de atrair a atenção dos leitores/internautas por alguns poucos minutos? Num mundo, onde as informações estão disponíveis em todos os lugares, a qualquer momento e assim que acontecem, as pessoas leem cada vez menos. Tem áudio, vídeo no Youtube e sínteses cada vez mais resumidas sobre tudo. É o precioso do tempo, que anda escasso para todos e as informações e afazeres que se multiplicam dia após dia. No entanto, aceitei a empreitada. Para quem tiver um tempinho (pouco mesmo) disponível, acredito que poderemos fazer boas reflexões sobre o nosso cotidiano.

Iniciamos então nesta semana com o “prato do dia”: Sábado foi DIA DA MULHER! Acho louvável esta homenagem. Não pelo apelo comercial e midiático que acompanha sempre esses dias especiais, mas sim pela oportunidade de se refletir sobre o papel da mulher na sociedade. Pode até parecer clichê, mas desta vez faremos uma reflexão sincera, íntima. Daquelas que incomodam, sabe? Pensamento daqueles que grudam e te acompanham durante todo o dia e muitas vezes até conseguem fazer a gente mudar aquela nossa “velha opinião formada sobre tudo”.

Então, neste caso, volto ao princípio de tudo. Para que foi criada a mulher? Para que nós, mulheres, tão graciosas, “frágeis”, sensatas, maduras, virtuosas e modestas presenteamos o mundo com nossa existência? E de tanto pensar, chego a uma conclusão, um tanto quanto machista e desconfortável: nós existimos para equilibrar, para embelezar, para dar mais leveza a este mundo tão duro, para costurar as relações que se rasgam, para cozinhar aquela decisão que ainda precisa ser amaciada, para lavar a poeira e o lixo (literalmente em todos os sentidos) que teimam em se aproximar de nossas casas e de nossas famílias. Muitos irão discordar, mas se refletirmos intimamente, e se formos honestas podemos perceber que a mulher não nasceu para ser igual ao homem. Não é questão de ser mais ou menos e nem de ser igual. É questão de ser diferente!

Não está em discussão a valorização do papel da mulher na sociedade. Isso, com certeza faz parte da evolução da própria sociedade. As mulheres devem ser respeitadas em todos os seus direitos, incluindo oportunidades, leis, salários… Isso é um caminho que não tem mais volta e com certeza está cada dia mais próximo – já temos uma presidenta! Viva!

O que deve estar sempre presente no íntimo de cada uma de nós é que ESCOLHEMOS lutar por direitos iguais, muitos sutiãs foram queimados para que conseguíssemos alcançar nosso “lugar ao sol”, a tão sonhada possibilidade de igualdade de direitos e oportunidades. No entanto, nossa essência é de MULHER, nossas entranhas são femininas, e essa presença feminina é imprescindível para o mundo. As famílias dependem (com toda a força da palavra) da presença feminina. Não podemos negligenciar a nossa feminilidade!

Temos presenciado regularmente atitudes de mulheres que querem se igualar em todos os sentidos aos homens. E o pior é que copiam seus principais defeitos (aqueles mesmos defeitos dos quais sempre reclamamos). Será algum tipo de vingança? Não dá certo, pois nós somos diferentes. Sentimos diferente. Mais cedo ou mais tarde sofreremos as consequências: de não ter uma família, de estar sozinha, de não ser respeitada como gostaríamos… E por que sofremos? Porque isso é importante para a alma da MULHER! É cultural? Sim, também, mas é principalmente espiritual e biológico. O maior desejo de uma mulher é ser feliz, de preferência com uma família.

Lendo um texto muito bonito que indicarei para vocês, me deparei com uma passagem que chamou minha atenção e que diz que quando temos um problema com o pai, tudo continua em pé, mas quando o problema é com a mãe, a casa não aguenta. E é verdade. Tudo isso porque nós, mulheres somos as principais responsáveis por manter nossa família unida. Quer status maior do que este? Quer cargo mais importante, sendo a família a base de toda a sociedade?

Sei que muitas vezes o fardo é pesado demais, pois temos que assumir várias funções (lembrem-se dos sutiãs queimados), mas nós somos fortes e com a graça de Deus, somos capazes de coisas grandiosas!

Felizes dias da mulher para nós!

Há em você, mulher, uma sacralidade que dia após dia você precisa reconhecer. Mulheres, não negligenciem o dom de sua feminilidade! A mulher tem poder de costurar o mundo, assim como no passado entrelaçavam as linhas, faziam tudo que era artesanal. Você precisa ser artesã para “costurar” o mundo. (Padre Fábio de Melo – Disponível no Portal da Canção Nova)

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