Montes Claros no Norte de Minas Gerais recebeu no dia 13 de março deste ano 28 profissionais do Programa Mais Médicos. Destes, 17 são cubanos. Cabem a Administração muncipal a garantia de alimentação, moradia e transporte. Luiz Felipe Randich, um dos profissionais contratados diz que essas medidas ainda não estão sendo cumpridas integralmente.“A prefeitura tem garantido apenas o transporte para nós”, afirma o médico.
A situação reflete no atendimento à população. A empresária Naidman Saraiva Domingues precisou levara a sobrinha na Unidade do Bairro Santo Antônio e foi atendida por uma médica cubana. No retorno da consulta para apresentar o exame solicitado pela médica não mais a encontrou na unidade de saúde. A usuária reclama que os profissionais tem atrasado para chegar aos postos. “Você não sabe que hora a médica vem, não tem hora pra chegar”, ressalta Naidman.
Na Unidade de saúde do Bairro Delfino Magalhães também há atraso. O médico que chegaria às 7h da manhã, chegou com uma hora de atraso. “Um pouquinho atrasado, mas já vou trabalhar agora”, disse o médico Jaber Velasques Parra.
A bolsa do programa é de R$ 10 mil, mas os médicos recebem R$ 3 mil. A outra parte fica com o governo cubano. Os recursos são do Governo Federal. O valor do auxílio correspondente à Administração Municipal é de R$ 1500 e que até o momento não houve nenhum repasse. Segundo o secretário adjunto de saúde, Danilo Narciso, os atrasos ocorridos são por conta do período de adaptação do programa.
“Os médicos ainda não receberam nenhuma contrapartida do município, mas na semana passada a Câmara de Vereadores aprovou um projeto de lei que autoriza a prefeitura a destinar R$ 400 mil para regularizar a situação. Os retroativos serão ressarcidos”, afirma o secretário. (G1)