Hoje tivemos o imenso prazer de entrevistar um grande craque do passado, um nome eternizado nas páginas históricas do futebol brasileiro, graças à façanha de ter ajudado o Cruzeiro a conquistar seu primeiro título da Taça Libertadores da América, em 1976. Darcy Meneses marcou época no time azul celeste, e por mais de nove anos ocupou o posto de zagueiro titular do time.
Apesar da imagem de Darcy estar ligada a Minas Gerais, devido a sua história nos gramados do Estado, ele é gaúcho, natural de Bagé (RS). E foi lá que começou a dar seus primeiros chutes. Em 1965, aos 15 anos, o então jovem zagueiro entrou para o time da cidade, o Guarani Esporte Clube. Sua disposição e raça impressionaram tanto, que no ano seguinte, mesmo sendo tão novo, ele foi promovido para a equipe principal. Alguns outros clubes começaram a se interessar por Darcy, e um ano após sua profissionalização (1967) o Cruzeiro o contratou. “Na verdade eu fui contratado pelo Cruzeiro, naquele ano, de contrapeso, pois eles iriam levar apenas o Didi Pedalada. O Felício Brant, então presidente do Cruzeiro, foi contratar um e levou nós dois”, comentou Meneses.
Em menos de um ano, Darcy já era dono de uma das vagas de zagueiro da equipe. Durante 11 anos, o jogador defendeu com muito amor as cores do Cruzeiro, tanto que, apesar de torcedor do Grêmio, guarda o Cruzeiro no coração. Nesse tempo ele foi companheiro de equipe de grandes nomes do futebol nacional, como: Tostão, Raul, Moraes, Vanderlei, Zé Carlos, Eduardo, Dirceu Lopes, Natal, Evaldo, Nelinho, entre outros. “Foi um tempo inesquecível. Ganhei a Libertadores, campeonato mais do que esperado pela torcida, fiz grandes amigos e conheci pessoas maravilhosas. Lembrar que joguei ao lado de mestres do futebol como Tostão me enche de orgulho. Até hoje muitas pessoas me cumprimentam, me elogiam e demonstram muito carinho por mim, devido a essa minha passagem pelo Cruzeiro. Foi muito especial”, lembra Darcy.
Ao sair do Cruzeiro, em 1978, Darcy passou 11 meses defendendo o Vitória da Bahia e seis meses no Atlético de Goiás. Em 1980, Darcy foi contratado pelo Democrata. Ele defendeu a Pantera por quase três anos, e devido a uma grave contusão resolveu pendurar as chuteiras. Mas sua paixão por Valadares era tão grande, que ele resolveu ficar. “Quando cheguei aqui, fui muito bem recebido por todos os valadarenses. Decidi viver aqui com minha família, e não me arrependo. Mineiro eu já era de coração, por isso decidi virar valadarense também”, brinca. Darcy foi um jogador que marcou a história de um dos maiores clubes do Brasil e que mostrou ser um exemplo de bom atleta. Essas e outras qualidades fazem de Darcy Meneses um de nossos “Eternos Esportistas”. E desde então, ele vem trabalhando no Democrata de Governador Valadares, que coincidentemente, voltou a fazer parte da elite dos times mineiros no último final de semana, conquistando novamente a vaga para na primeira divisão.
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