Bonita, charmosa e empreendedora de sucesso. Sabrina Nunes nasceu na cidade de Itinga, no Vale do Jequitinhonha. Somente no ano passado, ela faturou R$ 400 mil vendendo semijoias pela internet. Desde então, está bombando.
Aos 29 anos, ela virou notícia em duas importantes revistas de circulação nacional. A PME-Pequenas e Médias Empresas, do grupo Exame e a Sou Mais Eu, do grupo Abril, que edita a revista Veja, entre outras.
Mas nem tudo foi um mar de rosas na vida dela. Em 2008, após o fim de relacionamento, ela foi convidada pelo padrasto para trabalhar como cortadora de cana em uma usina no Mato Grosso do Sul. “Trabalhei por cerca de dois anos, até que consegui uma bolsa para estudar engenharia de produção em uma universidade do Rio de Janeiro”, conta Sabrina, que já fazia curso superior online de assistente social.
(Maria Solaney, mãe de Sabrina, exibe orgulhosa as matérias publicadas em revistas, sobre a história da filha – Foto: Gazeta de Araçuaí)
Destino
No Rio de Janeiro, foi morar em uma quitinete com uma irmã e o destino dela ganhou novo rumo. “Arranjei estágios na área de vendas e de negócios e li uma reportagem sobre o Elo 7, um portal de vendas de artesanato online que estava começando a decolar naquela época, meados de 2009. Achei a ideia bacana. Peguei os R$ 50 reais que tinha na bolsa e fui correndo para o centro da cidade comprar bijuterias. Assim que cheguei em casa, criei minha lojinha no Elo 7 e já anunciei meus produtos. Eram bijuterias bem baratinhas e venderam como água. A partir daí, passei a reinvestir tudo que eu faturava para comprar mais bijuterias. Como eu estudava e trabalhava, tinha que aproveitar o horário do almoço para postar encomendas no correio. Era uma correria”, conta Sabrina.
“Em dezembro de 2011, consegui vender R$ 3 mil em uma semana. Tempos depois, conheci uma colombiana que estava desempregada e a convidei para fazer parte do meu negócio que batizei de Francisca Joias em homenagem à minha avó. Aluguei uma sala no condomínio onde eu morava, um amigo emprestou um computador e eu mesma pintei os móveis usados para decorar o espaço”, lembra Sabrina.
Ela conta que queria oferecer um atendimento de qualidade aos clientes, parar de comprar de lojas de rua e passar a produzir as próprias peças. “Deu tudo certo. Logo no primeiro mês o faturamento passou de R$ 3 mil para R$ 5 mil. Contratamos uma empresa para produzir um site de vendas exclusivo e passamos a investir em anúncios. O boca a boca também foi fundamental para que nosso negócio decolasse. O sucesso foi tanto que no final de 2012, tive que abandonar o estágio e trancar a faculdade. Eu adorava estudar, mas não tinha jeito: precisava abraçar de vez meu sonho de empreendedora. Hoje, além de mim e a minha amiga colombiana, a Jasmim, temos mais três pessoas na equipe, ajudando com a parte de marketing, fotografia, produção e expedição. Dedico cerca de 10 horas diárias ao trabalho e consigo tirar R$ 7 mil por mês como meu salário.”
Casa própria
Depois que virei empreendedora minha vida mudou. Além de ter conseguido comprar, reformar e mobiliar um apartamento, também tive a oportunidade de viajar ao exterior duas vezes para pesquisar tendências para meus acessórios. Ainda participei de diversos cursos e treinamentos em que aprendi muito sobre o ramo em que atuo. Quero que a Francisca Jóias seja o maior site de venda de jóias contemporâneas do Brasil”, diz Sabrina.
No carnaval desse ano, Sabrina visitou Itinga, onde nasceu e passou a maior parte da juventude. Aproveitou para rever amigos e a família que sente orgulho do trabalho dela e também para matar as saudades da filha Vitória, de 10 anos, que vive atualmente com a avó paterna.
“Minha filha é uma batalhadora. É muito bom ver a luta dela dando certo”, comemora Maria Solaney, carinhosamente conhecida por Neide, mãe de Sabrina.
“Quero que outras mulheres possam sentir o gostinho de se tornarem empreendedoras de sucesso como eu”, declarou Sabrina à revista Sou Mais Eu. (Gazeta de Araçuaí)