Médicos alertam foliões sobre doenças passadas boca a boca

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Sensação de euforia, 150 batimentos cardíacos por minuto e, no fim, 12 calorias a menos. É o que um beijo caprichado causa. Mas ele também pode servir de “veículo” para várias doenças, deixando marcas após a folia.

Gripes, resfriados, hepatites, meningites e até sífilis são transmitidas pela saliva. “São vírus e bactérias que, em pessoas saudáveis, ocasionam a contaminação”, explica a infectologista Marise Fonseca, do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Conhecida como “doença do beijo”, a mononucleose também é comum. O vírus Epstein-Bar causa febre e irritação na garganta. “Em estágios mais graves, pode levar a alterações significativas no baço e no fígado”, diz. Após uma micareta, o estudante Pedro Wanderley, de 21 anos, teve gripe e dor de garganta. “Beijei tanto que acabei doente. Na época, nem resfriado estava”, conta.

Já a estudante Ana Carolina Moreira, de 18 anos, prefere aproveitar o Carnaval com apenas um “eleito”. “É muito arriscado beijar quem não conhecemos”.

A fragilidade imunológica dos foliões também compromete a resistência dos beijoqueiros. “É importante que, durante a festa, as pessoas se alimentem bem para que o organismo não fique totalmente frágil. E, além disso, que tenham menos parceiros”, diz a médica Marise Fonseca. Ortodontistas alertam beijoqueiros para que fiquem atentos a sangramentos na gengiva. “O contato com sangue contaminado pode ocasionar doenças como a Aids”, diz o professor periodontista Leandro de Melo, das Faculdades Integradas do Norte de Minas (Funorte).

Os foliões também precisam se preocupar com as doenças sexualmente transmissíveis. “Sexo seguro é a melhor arma”, diz Arnaldo Garrocho, professor de patologia dental da UFMG.

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