Professores, pais e alunos do conservatório Estadual de Música Lorenzo Fernândez se reuniram na tarde desta quinta-feira (27) para reivindicar contra a redução no número de funcionários e pedir melhorias estruturais no prédio da instituição. Cerca de mil pessoas, segundo a organização, participaram da ação que percorreu ruas e avenidas de Montes Claros, Norte de Minas.
(Foto: Valdivan Veloso/G1)
Com faixas, bandeiras e camisas com estampas em prol do movimento, a manifestação se iniciou em frente a instituição. Estudantes e professores tocaram e cantaram músicas em protesto a situação.
“Esta ação é para pedir uma resposta positiva e rápida. Queremos chamar a atenção porque assim não dá mais para ficar”, afirma a professora de violão Liliane Queiroz.
Enquanto o grupo se manifestava fora do prédio, engenheiros da Superintendência Regional de Ensino em Montes Claros avaliavam a estrutura do Bloco D, que está interditado desde há cinco meses por apresentar rachaduras no teto e paredes. “Realmente foi correto interditar estas salas. Vamos solicitar que sejam feitas obras para reestruturação do prédio. Neste caso, acreditamos que pode ser uma espécie de laje sobre laje”, explica o engenheiro Heleno Alencar.
Durante o trajeto foram distribuídos panfletos a motoristas e moradores. “Este tipo de ação deve acontecer mais vezes. A população tem de ir para as portas das instituições e pedir atitude dos políticos. Eles não podem ficar isentos da situação”, afirma o empresário Roberto Lafetá.
Outra preocupação do movimento é a extinção das aulas no período noturno para 2015. Situação que deixou revoltado o gerente administrativo Antônio Sérgio Cruz, que estuda violão na instituição. “Meu discurso é inflamado porque não suporto a injustiça. É uma escola pública onde muitas crianças e jovens estão aprendendo arte. Elas poderiam estar na rua e estão consumindo arte”, afirma.
A ação se encerrou na Praça Doutor Carlos, no centro da cidade.
Problemas antigos
O Conservatório Lorenzo Fernândez completa 50 anos em 2014. Ele é considerado o maior centro de esino de arte e cultura da América Latina e atende cerca de 4.500 alunos, em Montes Claros e Bocaiuva.
Em 2006, foi inaugurado o novo prédio da instituição, mas, desde esta época, o auditório sofre com problemas estruturais. Por causa de uma chuva em janeiro de 2013 parte do teto desabou e não pode ser utilizado.
O número de funcionários sofreu reduções que, segundo os manifestantes, prejudica a manutenção do ensino aos estudantes.
(Inter TV Grande Minas)