Audiência discutirá socorro prometido para Governador Valadares

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Cidade ainda aguarda verba prometida para recuperação dos estragos causados pelas chuvas de dezembro. Relatório do município apontou que serão necessários mais de R$ 128 milhões


(Foto: Antônio Cota)

Será na quarta-feira, às 15h, na Câmara Municipal, a audiência pública para tratar das verbas prometidas pelo governo federal para as obras de recuperação da cidade depois das chuvas que destruíram ruas, canais e residências em dezembro.

O autor do pedido da reunião, vereador Glêdston Araújo (PT), disse que é direito da comunidade valadarense saber onde estão os recursos que a presidente Dilma Rousseff prometeu para ajudar o município a arcar com as obras, já que, de acordo com a prefeita Elisa Costa, Valadares não tem condições de realizar as reformas necessárias sozinha.

“A presidente Dilma e o governador Antônio Anastasia estiveram aqui na cidade, sobrevoaram locais atingidos pelas chuvas e prometeram ajudar. Esse dinheiro tem que ser aplicado, porque temos vários pontos arrasados”, disse o vereador. “O que queremos saber é se esse dinheiro já chegou ou não; se não chegou, por que não? E quando vai chegar? Precisamos desse posicionamento para que a população fique mais tranquila, já que os estragos na cidade foram grandes”, explicou Araújo.

Foram convidados a comparecer à reunião a prefeita Elisa Costa, os titulares das Secretarias de Obras, de Serviços Urbanos e de Assistência Social, além da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros. A sociedade civil também é convidada.

Um levantamento da prefeitura aponta que serão necessários pelo menos R$ 128 milhões para recuperar a cidade. Segundo o Executivo, mais de 35 mil pessoas foram afetadas na cidade, onde duas delas morreram, vítimas de um deslizamento de terra. Até aquela ocasião, o município acumulava um prejuízo material de R$ 128.578.040,81.

As informações e o cálculo dos prejuízos foram apontados no Formulário de Informações de Desastre (Fide). O documento ressalta o volume e a intensidade das chuvas ocorridas em parte do mês de dezembro de 2013. Em apenas dois dias do mês choveu 270 mm, “índice 67% acima da média tradicional do mês de dezembro inteiro”, como destaca o relatório.

Todos os córregos que cortam a cidade transbordaram, além das lagoas, afetando os bairros nos quais se localizam. Morada do Vale, Jardim Pérola, Santa Paula, Jardim do Trevo, Pastoril, Santa Rita, Jardim Ipê, Centro, Nossa Senhora das Graças, Santos Dumont II, Santa Helena, Querosene, Altinópolis, Grã-Duquesa, Penha, Novo Horizonte, Distrito Industrial, Vila Isa, Vila Park Ibituruna, Lagoa Santa, entre outros bairros, sofreram com o transbordamento dos córregos do Onça, Miragem, Capim, Borges e do Cardoso, além das lagoas dos bairros Jardim Pérola, Lagoa Santa e Jardim Ipê. Nove distritos também foram atingidos: Xonin de Cima, São Vítor, Nova Brasília, Itapinoã, Alto Santa Helena, Penha do Cassiano, Xonin de Baixo, Vila Nova Floresta e Santo Antônio do Pontal.

Em todo o município, 93 casas foram destruídas e 435 ficaram danificadas. Seis instalações públicas de saúde e seis escolas também foram danificadas pelas chuvas. Quatro obras de infraestrutura pública ficaram destruídas e seis danificadas. Só esses danos materiais foram calculados em mais de R$ 113 milhões.

O relatório enumerou ainda os prejuízos econômicos públicos com serviços considerados essenciais e de urgência no tempo para a reparação e restabelecimento, bem como os valores necessários para isso. Com assistência médica, saúde pública e atendimento de emergências médicas terão que ser gastos R$ 350 mil; com abastecimento de água potável, R$ 1,3 milhão; esgoto de águas pluviais e sistema de esgotos sanitários, R$ 3,1 milhões; sistema de limpeza urbana e de recolhimento e destinação do lixo, R$ 5.736.540,81; sistema de desinfestação/desinfecção do hábitat/controle de pragas e vetores, R$ 100 mil; distribuição de combustíveis, especialmente os de uso doméstico, R$ 4,6 milhões; segurança pública (6° BPM e Cia), R$ 265 mil. O total dos prejuízos públicos emergenciais soma R$ 15.451.540,81.

(Fonte: Diário do Rio Doce)

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