Montes Claros inicia 2025 com aumento no custo de vida

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O Índice de Preços ao Consumidor do Município de Montes Claros (IPC Moc) registrou alta de 0,61% em janeiro de 2025, superando o índice de 0,54% de dezembro de 2024. O levantamento, realizado pelo Departamento de Economia da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), mede a variação de preços de bens e serviços consumidos por famílias com renda entre um e seis salários mínimos mensais.

A economista Vânia Silva Vilas Bôas, coordenadora do IPC Moc, explicou que janeiro costuma apresentar inflação mais elevada devido ao impacto dos produtos alimentares e das despesas com educação e serviços pessoais. “Embora o pagamento do IPVA e do IPTU tenha sido postergado para fevereiro, o grupo Educação e Despesas Pessoais pressionou a inflação neste mês”, destacou.

Principais variações no IPC Moc

O Grupo Alimentação, que tem grande peso no orçamento familiar, registrou alta de 1,15%, contribuindo com 0,33% para o índice geral. Itens como café (7,45%), palmito (5,45%) e óleo de soja (4,35%) apresentaram os maiores aumentos. Em contrapartida, houve quedas expressivas nos preços do chuchu (-58,72%), tomate (-30,82%) e cenoura (-27,31%).

O Grupo Educação e Despesas Pessoais teve o maior impacto no IPC Moc, com alta de 6,50% e contribuição de 0,56% para o índice geral. O reajuste das mensalidades escolares (11,14%) e dos cursos profissionalizantes (10,17%) foram os principais responsáveis pelo aumento.

Outros grupos apresentaram variações menores, como Habitação (0,21%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,49%) e Artigos de Residência (0,09%). Já Transportes e Comunicação (-1,17%) e Vestuário (-2,37%) tiveram quedas, ajudando a conter o avanço da inflação.

Cesta básica sobe 4,16% em janeiro

A cesta básica em Montes Claros teve um aumento de 4,16%, passando de R$ 553,60 em dezembro para R$ 576,64 em janeiro. Com o reajuste de 7,5% no salário mínimo, o trabalhador que recebe R$ 1.518,00 precisou destinar 37,99% da renda bruta para a compra dos itens essenciais.

Segundo Vânia Vilas Bôas, a alta dos preços dos alimentos se deve a fatores como questões climáticas, aumento da demanda e câmbio favorável à exportação, o que encarece produtos no mercado interno.

O tempo médio necessário para adquirir a cesta básica foi de 104 horas e 59 minutos, uma leve melhora em relação às 107 horas e 38 minutos de dezembro. Os itens que mais impactaram a alta foram tomate, margarina, café, carne bovina e pão de sal.

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