Uma torre de transmissão de uma rádio caiu no final da tarde desta terça-feira (28/01) e matou o auxiliar técnico Almir Ramos de Sousa, de 42 anos, no Córrego do Simplício, na divisa dos municípios de Belo Oriente e Mesquita, no Leste de Minas Gerais.
A torre seria de uma rádio que iria ao ar no fim de 2014. (Foto: Patrícia Belo)
De acordo com informações do Corpo de Bombeiros de Ipatinga, o acidente aconteceu durante um trabalho de manutenção da torre, que pertence a uma rádio de Belo Horizonte que seria inaugurada na região no final deste ano.
Segundo o subtenente Carlos Roberto de Souza, Almir se encontrava no topo da estrutura, que possui mais de 100 metros de altura no momento do acidente.
O subtenente afirma que o técnico utilizava todos os equipamentos de segurança. A perícia da Polícia Civil irá investigar as causas da queda, mas a princípio acredita que tenha sido um problema na base da torre.
Carlos Roberto relata ainda que o resgate da vítima demorou aproximadamente duas horas, e que os bombeiros tiveram muitas dificuldades para conseguir retirar o corpo, pois além de cair em um morro de cerca de 40 metros, a mata do local também era de difícil acesso.
“Para remover o corpo do local foi preciso sete bombeiros, três policiais militares, além de ajuda de populares. Utilizamos uma corda e foi preciso o auxílio de um facão para cortar os galhos e árvores. O local é muito perigoso e ele caiu em uma ribanceira, o que dificulta ainda mais a remoção. Mas passadas duas horas conseguimos trazer o corpo da vítima para a superfície”, relata.
Nasci de novo
O auxiliar técnico Marcondes Leandro Martins faz parte do grupo que prestava serviço para a rádio. Segundo o trabalhador, eles vieram de Belo Horizonte para fazer manutenção na torre. Almir teria chegado em Belo Oriente na manhã desta terça-feira.
O técnico relata ainda que minutos antes do acidente do amigo, ele e outras duas pessoas haviam subido na torre.
“Deus foi muito bom comigo. Estou muito triste com a morte do meu companheiro, infelizmente não tenho o que falar neste momento. Eu subi nesta torre minutos antes dele morrer e nada aconteceu comigo, vejo isso como um livramento. Só tenho a dizer que nasci de novo”, diz.
Marcondes relatou que Almir já trabalhava como técnico há algum tempo e estava acostumado a prestar serviços em torres. O auxiliar relembra que no momento da queda o amigo não se manifestou, apenas caiu.
“Não deu tempo de nada, eu apenas olhei para o alto e vi a torre caindo e o Almir lá em cima. Não tinha nada que podíamos fazer, e na hora a sensação é terrível fiquei paralisado. Assim que tudo acabou eu corri no local, onde ele tinha caído e infelizmente ele já estava morto”, finaliza.
Resgate da vítima demorou mais de duas horas. (Foto: Patrícia Belo)
(Fonte: Inter TV dos Vales/G1)
