A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) finalizou o inquérito policial que investigou o feminicídio de uma jovem de 20 anos, ocorrido em um supermercado de Montes Claros, região Norte do Estado, no último dia 17. O suspeito, um homem de 22 anos, que foi autuado em flagrante no dia do crime, segue preso e foi indiciado pelo delito.

Motivação do crime
De acordo com a delegada Francielle Drumond, responsável pela investigação, a vítima e o suspeito eram ex-namorados. “O fim do relacionamento ocorreu em novembro passado devido ao ciúme excessivo que o rapaz nutria pela moça, chegando a agredi-la, o que motivou o término do namoro”, explicou.
A delegada também destacou que, após o rompimento, o suspeito passou a ameaçar a jovem e sua família por mensagens de celular. “Já temendo por sua morte, a vítima chegou a passar a senha do seu aparelho celular a uma amiga, caso fosse necessário acessar as conversas dela com o investigado para mostrar as ameaças proferidas por ele”, completou.
Dinâmica do crime
As investigações apontaram que o crime foi premeditado. Segundo a PCMG, na noite de 17 de novembro, o suspeito foi ao supermercado onde a jovem trabalhava, portando uma pistola de airsoft, que usaria para intimidar testemunhas, e uma faca, utilizada para cometer o homicídio.
Segundo as investigações, o suspeito entrou no estabelecimento e se dirigiu ao caixa onde a vítima estava. “De imediato, ela se levantou e correu, pois a arma estava bem visível. Por dois minutos, conseguiu fugir dele, mas caiu, momento em que o suspeito iniciou uma sequência de 15 facadas contra ela”, relatou a delegada.
Testemunhas tentaram intervir, mas o suspeito apontou a pistola para afastá-las. Toda a ação durou cerca de dez minutos. O socorro chegou rapidamente, mas a jovem não resistiu aos ferimentos e faleceu no local.
Prisão e indiciamento
O suspeito foi localizado pela Polícia Militar logo após o crime e teve sua prisão em flagrante ratificada pela Polícia Civil. A faca utilizada no homicídio e a pistola de airsoft foram apreendidas.
O inquérito policial foi concluído com o indiciamento do investigado pelo crime de feminicídio qualificado, por meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. O suspeito permanece preso no sistema prisional, à disposição da Justiça.