Manifestantes querem retomada de obras na LMG-760 no Leste de Minas

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Cerca de 100 manifestantes interditaram nesta desta quinta-feira (23/01), a LMG-760, na saída de Timóteo para Cava Grande, distrito de Marliéria, estrada que liga o Vale do Aço a BR-262. Eles querem a retomada da obra que foi embargada em dezembro de 2013. Os serviços foram paralisados depois que a Justiça entendeu que as obras poderiam causar danos ambientais.


Manifestantes colocaram pneus para fechar a pista

Segundo os manifestantes o trânsito no local será liberado às 18h desta quinta-feira. De acordo com o cronograma original a conclusão da obra está prevista para o primeiro semestre de 2016. Devem ser gastos R$ 120 milhões.

“Eu não vejo problema de impacto ambiental. A estrada está a mais de quatro quilômetros fora do parque. A região que mais se aproxima do parque é no final, depois do ‘Zé André’, em Santa Rita, e mesmo assim fica a dois quilômetros do parque”, diz o aposentado José Carlos Matheus.

A estrada com 57 km de extensão passa pelo Parque Estadual do Rio Doce. A expectativa é transformar a rodovia em rota alternativa para quem segue para o Espírito Santo e para a Zona da Mata mineira.

No canteiro de obras da empresa responsável pela obra há pouco movimento e na rodovia nenhum sinal de máquinas. Carros que seguiam pela estrada de terra foram alertados a voltar.

Motoristas que passavam pela ponte tiveram que esperar, uma pequena fila de carros foi formada. Segundo a Polícia Militar, nenhuma ocorrência de tumulto foi registrada até o início da manhã.

“A manifestação havia sido comunicada anteriormente. O trânsito está parado, mas ambulâncias, carga viva e pessoas doentes estão passando. Até então, está tudo tranquilo”, afirma o sargento Alexandre Balmant.

Ainda de acordo com manifestantes, a paralisação das obras afeta direta e indiretamente centenas de moradores de Cava Grande. Segundo a população, o comércio se preparou para atender os funcionários da empresa responsável pela pavimentação. Alguns moradores chegaram a até mesmo alugar suas casas. “É um desrespeito. Esse trecho não é apenas para Cava Grande”, afirma autônomo o José Valdo.

Os manifestantes informaram que buscam fazer uma audiência pública para entrar em acordo com a Justiça e evitar novos protestos. “Tem que ter um elo de comunicação e conciliação entre o meio ambiente e as obras. Isso envolve muita gente, pois liga o Vale do Aço a Zona da Mata”, salienta o vereador Marco Túlio Martins.

(Foto e informações da Inter TV dos Vales)

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