A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu e enviou à Justiça, na quinta-feira (20/5/2021), dois inquéritos referentes a investigações sobre homicídios cometidos nos meses de março e abril deste ano, em Montes Claros, na região Norte do Estado.
Coletiva sobre a conclusão dos inquéritos – Foto: Divulgação/PCMG
O primeiro homicídio ocorreu no dia 28 de março, quando uma adolescente, de 16 anos, teria sido atraída pelos suspeitos para consumir drogas. No local, ela foi enforcada e golpeada com uma faca na região do pescoço. Posteriormente, os indivíduos amarraram e enrolaram o corpo em lençóis, arremessando-o em uma cisterna. Durante a ação, alguns pertences da vítima foram roubados.
Em razão desse crime, duas pessoas foram presas e, com a conclusão do inquérito, indiciadas por homicídio qualificado, roubo e ocultação de cadáver. Um dos investigados, que é cadeirante, também foi autuado em flagrante por maus tratos a animais, conforme a Lei Sansão.
O segundo homicídio ocorreu no dia 16 de abril, no bairro Monte Carmelo. O suspeito, um homem de 48 anos, não aceitava o fim do relacionamento e, por isso, atirou no namorado da ex-companheira, de 49.
No dia do crime, a vítima estacionou o carro em frente à casa da namorada e, cinco minutos depois, a mulher saiu para encontrá-lo. Nesse momento, o suspeito chegou em uma motocicleta e, após discussão, teria atirado contra a cabeça do namorado da ex-esposa. Um segundo disparo foi efetuado em direção à mulher, mas não a atingiu.
O investigado fugiu após os disparos e permaneceu escondido até o dia 29 de abril, quando se apresentou espontaneamente à polícia. Na delegacia, foi cumprido o mandado de prisão expedido contra ele, ocasião em que o homem confessou o crime e indicou o local onde escondeu a arma utilizada.
Com a apreensão da arma, foi requisitado o exame de microcomparação balística. O suspeito foi indiciado por homicídio qualificado e tentativa de feminicídio, já que ficou comprovado o disparo feito pelo suspeito na direção da ex-esposa.
O delegado Bruno Rezende, que coordenou as investigações, esclarece que solicitou, em ambos os casos, a conversão das prisões temporárias em preventivas. Os três suspeitos permanecem no sistema prisional à disposição da Justiça. Para Bruno, a conclusão dos dois inquéritos representa a eficiência da Polícia Civil na investigação qualificada de crimes contra a vida no município.
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