A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) divulgou, em resposta a pedidos da imprensa, na noite dessa sexta-feira (12/3/2021), a lista com os nomes dos 828 servidores da Secretaria de Saúde que foram vacinados até aqui, entre eles o do ex-secretário de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, que foi demitido pelo governador Romeu Zema (Novo) após a repercussão do caso. O nome do governador Romeu Zema não está na lista.
A ALMG abriu uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar se cada um dos servidores vacinados se enquadra no grupo prioritário definido pelo Ministério da Saúde no Plano Nacional de Imunização.
O grupo prioritário é formado por idosos, indígenas e trabalhadores da linha de frente no enfrentamento da Covid-19.
No caso da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais foram vacinados servidores administrativos. É importante realçar que não se pode, neste momento, apontar que esses servidores foram vacinados irregularmente. Isso só será possível após a análise de cada um dos casos. Muitos dos que estão na lista de fato deveriam tomar a vacina, por protocolo, em razão das atividades que exercem. Essa investigação será feita pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e pela Assembleia Legislativa.
“No presente momento, não se pode fazer nenhum juízo de valor relativamente à referida listagem, mesmo porque ainda não se sabe quem recebeu a vacina corretamente e quem a tomou de maneira indevida”, enfatiza a Assembleia.
De acordo com o documento, 18 servidores da Assessoria de Comunicação Social foram vacinados. Há também diversos integrantes do gabinete da Secretaria de Saúde, das subsecretarias, da Assessoria Estratégica, e da Coordenação de Assistência Farmacêutica, que atuam junto ao programa Farmácia de Minas, entre outros setores.
Na descrição das atividades, há servidores em trabalho presencial, trabalho de campo, e os que trabalham em almoxarifado e na Central Estadual da Rede de Frio. Há pessoas vacinadas com a indicação: “Maior de 60 anos em trabalho presencial”.
“Essa relação será o ponto de partida dos trabalhos da CPI cujo pedido de constituição foi deferido em Plenário nesta quinta-feira (11). Essa comissão deverá investigar a operacionalização da Campanha Nacional de Vacinação contra Covid-19, em especial o desvio de recursos referentes à vacinação irregular de grupos não prioritários definidos pelo Ministério da Saúde”, afirma a ALMG por meio de nota.
Confira a lista abaixo:
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