Três pessoas foram presas por furto mediante fraude a cargas de carvão mineral e cerca de R$ 60 mil em dinheiro, arma de fogo e aparelho celular apreendidos. Esse é o resultado da operação realizada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), que desmantelou uma organização criminosa especializada em subtrair carvão tipo ‘coque’ no estado. A ação foi deflagrada, nesta terça-feira (2/3/2021), pela equipe da Delegacia de Repressão ao Furto e Roubo de Cargas do Departamento Estadual de Investigação de Crimes contra o Patrimônio (Depatri).
Os trabalhos investigativos tiveram início a partir da apuração do furto de uma carga de carvão “coque”, avaliada em cerca de R$40 mil. Pelos levantamentos, o veículo, carregado na cidade Serra, no Espírito Santo, chegou ao destino: empresa sediada em João Monlevade, em Minas, mas a carga, com ticket de pesagem falso, teria sido subtraída. O delegado César Matoso, do Depatri, explica que para consumação do crime era falsificado o ticket de pesagem e a entrega do produto na própria empresa que recebia a carga. “Devido ao grande volume da operação da empresa, o crime só foi descoberto dias depois quando da conferência do sistema para pagamento da empresa que presta o transporte do produto”, relata. “Iniciadas as investigações, confirmou-se a participação do motorista que carregou o caminhão e durante as diligências foram identificados três indivíduos que participaram diretamente do desvio/ subtração da carga”, afirma Matoso.
Dos três envolvidos identificados, um deles, que seria o receptador, é empresário em Divinópolis, onde foi preso e também localizada grande quantidade de minério. Os outros dois foram localizados nas cidades de Timóteo e João Monlevade. Com o suspeito preso em Timóteo foram encontrados documentos, os quais serão analisados, a arma de fogo e R$57 em dinheiro e sem comprovação da origem no momento da ação policial. Já em João Monlevade, foram localizados documentos relacionados ao crime. O suspeito teria confessado o crime e apontado outros dois envolvidos.
Além das prisões e apreensões na operação, Matoso contabiliza um prejuízo ainda maior. “Foram aproximadamente 20 toneladas de mercadorias, o equivalente a 29 carretas de minérios subtraídas. E isso se deu no período de maio até outubro de 2020. E toda essa associação criminosa causou o prejuízo aproximado de R$ 1 milhão de reais”, garante.
“As investigações prosseguem para identificar demais envolvidos nos crimes e outros que auxiliaram os suspeitos já identificados, além de outros receptadores”, informou a PCMG.
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