Após semanas cursando uma matéria de história da arte online na Concordia University, no Canadá, o aluno Aaron Ansuini teve uma dúvida sobre uma das aulas, e tentou procurar o contato de François-Marc Gagnon, o professor que lecionava o curso.
Contudo, o estudante acabou descobrindo que, na realidade, o docente estava morto desde março de 2019 – e a instituição não deixou claro para os alunos que estavam tendo aulas com uma pessoa que havia falecido.
Quando se matriculou, Aaron e o restante da turma não receberam nenhum aviso que o curso seria ministrado postumamente. Em e-mails encaminhados ao corpo docente, havia um coorientador da matéria, mas nada que indicasse claramente o fato.
“Eu nem quero mais assistir às aulas”, contou o aluno ao portal “The Verge”. Participar do curso o entristece, e Aaron tenta migrar de entre palestras e outras matérias para que possa fazer pausas durante o curso. “Não parece uma aula. Parece um desses sites de ensino remoto”, pontua.
De acordo com o portal, não é ilegal no país norte-americano que universidades continuem usando conteúdos gerados por professores, mesmo após a morte deles.
“Geralmente, quando se trabalha em uma universidade (no Canadá), você assina um contrato que diz que a produção intelectual que você gera é propriedade da instituição”, esclareceu Joseph D’Angelo, advogado com foco em direitos autorais ao site. “Não há muito que você possa fazer sobre isso”, conclui.
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