Criança que foi encontrada acorrentada em tambor segue internada

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O menino de 11 anos vítima de maus-tratos em Campinas (SP) segue internado no Hospital Municipal Ouro Verde. Ele deverá ser encaminhado a um abrigo assim que receber alta. A Polícia Militar libertou, no último sábado (30), a criança que estava acorrentada pelas mãos e pés e, depois, presa dentro de um tambor de tinta. O pai, a madrasta e a irmã mais velha do garoto, suspeitos de praticar os crimes, foram presos em flagrante.

O Conselho Tutelar de Campinas analisa o caso. Segundo o conselheiro Moisés Sesion da Costa, a instituição e o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) já tinha feito visitas à casa onde o menino morava, mas ouviu apenas “relatos de fatores de média vulnerabilidade”, como brigas. Não havia relato de maus-tratos, tortura e cárcere privado.

O conselheiro disse que nunca havia se deparado com caso com essa gravidade. Ele disse que vai apurar se houve falha do Conselho Tutelar pela gravidade do caso. 

Denúncia anônima

De acordo com os policiais do Copom que atenderam a ocorrência, tudo começou a partir de uma denúncia anônima, de que havia uma criança trancada num cômodo de uma residência no Jardim das Andorinhas, dentro de um tonel e que estava amarrada.

Os agentes, então, foram ao local e entraram na residência. Ao vasculhar o imóvel, encontraram a criança em um cubículo e, conforme a denúncia, dentro de um tambor, amarrada. O menino ficava debaixo de sol, por longos períodos, sem água e alimentação. Por isso, estava desidratado e desnutrido. Segundo os agentes, o garoto pesa cerca de 25kg.

Aos policiais, o garoto disse que, quando sentia fome, comia as próprias fezes. Depois que respondeu às perguntas dos agentes, pediu, aos prantos, para ser adotado porque não aguentava mais essa vida.

Conforme as informações iniciais, o pai e a irmã, que são usuários de drogas, prendiam o garoto com frequência para saírem para beber em bares da cidade. A mãe já tinha abandonado a família anteriormente.

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