Durante a Operação Resgate, realizada desde 13 de setembro do ano passado, foram localizados 140 trabalhadores em condições análogas à de escravos em território brasileiro. Em Minas Gerais, foram 29 resgatados, sendo 15 na região de Pirapora e 14 na região de Curvelo. A ação é uma força tarefa interinstitucional integrada pelo Ministério Público do Trabalho, a Secretaria de Inspeção do Trabalho, o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e a Defensoria Pública da União.
Os estados onde foram encontrados os maiores números de trabalhadores foram Goiás (36) e Minas Gerais (29). Na região de Curvelo (MG), os 14 resgatados estavam trabalhando na produção de cerâmica. Onze trabalhavam em uma cerâmica na cidade de Curvelo e outros 3 na cidade de Inhaúma.
No Sul do Brasil, as primeiras imagens da Operação Resgate no Rio Grande do Sul mostram as condições degradantes de alojamentos na região de Lajeado, onde os trabalhadores estavam sendo submetidos a condições análogas à de escravos em carvoaria e na produção de fumo.
Durante coletiva convocada na manhã desta quinta-feira, 28, os representantes dos órgãos que integram a força tarefa enfatizaram que essa foi a maior operação conjunta do estado brasileiro contra o trabalho escravo, marcando os 25 anos de operação do Grupo Móvel. Mais de 360 autos de infração foram lavrados e mais R$ 500 serão pagos em verbas rescisórias aos trabalhadores.
Foram encontrados trabalhadores em condições análogas à de escravo tanto em diversos setores econômicos, tanto no meio rural como urbano, com predomínio no rural, destacou o procurador-geral do Trabalho Alberto Balazeiro.
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