O traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, foi encontrado morto nesta terça-feira (22/9/2020) em uma cela na penitenciária federal de segurança máxima de Catanduvas, no Paraná, onde cumpria pena de 28 anos pelo assassinato do jornalista Tim Lopes, em 2002. A informação é do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
De acordo com o Depen, o local foi preservado até a chegada da Polícia Federal que foi acionada para fazer a perícia. A família da vítima já foi comunicada pelo Serviço Social da unidade.
Em nota, o Depen Informa “que preza pelo irrestrito cumprimento da Lei de Execução Penal e que todas as assistências previstas no normativo são garantidas aos privados de liberdade que se encontram custodiados no Sistema Penitenciário Federal”. O motivo da morte não foi informado no comunicado.
Tim Lopes
O jornalista Tim Lopes, à época com 51 anos, fazia uma reportagem sobre abuso sexual de menores e tráfico de drogas em bailes funk na favela da Vila Cruzeiro, no Complexo do Alemão. Ele foi descoberto por traficantes quando circulava pelo local com uma microcâmera no bolso da camisa, filmando a venda de drogas na comunidade. A luz vermelha da câmera o denunciou aos traficantes.
Tim Lopes foi preso e levado para o alto da favela da Grota. No trajeto, levou um tiro no joelho para impedir que fugisse. Acabou torturado friamente por Elias Maluco e comparsas, esquartejado e teve o corpo incinerado.
Após intensas buscas, a polícia encontrou o corpo carbonizado de Tim Lopes em 12 de junho de 2002. O local onde o corpo foi encontrado foi transformado, posteriormente, em uma área de lazer.
Repercussão
O crime teve repercussão internacional e, após uma intensa caçada de três meses pela Secretaria de Segurança, Elias Maluco foi preso em uma casa de idosos na comunidade da Grota, onde estava escondido. No momento da prisão, disse a seguinte frase: “Perdi chefe. Só não esculacha, não”.
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