Distribuição de sementes beneficia 16 mil famílias na região do Rio Doce

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A iniciativa tem como objetivo estimular a produção de alimentos, agregando valor e gerando renda para os agricultores familiares


Além de sementes, o programa Minas sem Fome entregou tanque de resfriamento de leite em Aimorés

Dezesseis mil famílias foram beneficiadas, este ano, com a entrega de sementes de hortaliças em 68 cidades do Rio Doce. A ação foi executada pelas Unidades Regionais da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) em Governador Valadares, Guanhães e Ipatinga, e integra o programa Minas sem Fome.

A iniciativa tem como objetivo estimular a produção de alimentos, agregando valor e gerando renda para os agricultores familiares, por meio de ações voltadas à avicultura, piscicultura e apicultura; implantação de lavouras, pomares, tanques comunitários de coleta de leite e redes domiciliares de abastecimento de água; instalação de feiras livres; e capacitações, entre outras.

Segundo o gerente regional de Valadares, Robspierre Ferraz de Sousa, além da distribuição de sementes, a unidade entregou, este ano, 900 sacas de milho, equipamentos como tanque de resfriamento de leite e sistema de abastecimento de água. “Desde 2004, quando o Minas sem Fome foi implantado, são mais de 53 mil famílias beneficiadas (pela Unidade Regional)”, afirma.

Para o presidente da Emater-MG, José Ricardo Roseno, o programa contribui para a segurança alimentar e nutricional das famílias mineiras, com a redução da pobreza, resgate da cidadania e inclusão produtiva de pessoas. “Por meio do Minas Sem Fome, a população rural ou urbana, em situação de vulnerabilidade social, organizada por meio de entidades comunitárias, sem fins lucrativos e legalmente constituídas, é atendida com projetos de interesse coletivo”, destaca.

Melhoria e ampliação da produção

Em Aimorés, a 162 km de Governador Valadares, o programa tem contribuído para a melhoria e ampliação da produção dos agricultores familiares. “Com o fornecimento dos insumos, eles foram estimulados a implantar pomares domésticos nas propriedades, com isso obtendo frutas para alimentação e para comercialização do excedente para a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e também para feiras na própria cidade de Aimorés e em Baixo Guandú (ES)”, comenta o extensionista rural do escritório da Emater-MG em Aimorés, Jairo Filogônio Vieira.

A Associação de Desenvolvimento dos Agricultores Familiares da Vala dos Fagundes, Macuco e São José do Limoeiro, na zona rural de Aimorés, foi uma das beneficiadas pelo Minas sem Fome. Em fevereiro de 2013, a entidade recebeu um tanque de resfriamento de leite da Emater-MG.

“Foi uma grande conquista para os agricultores familiares, pois anteriormente eles entregavam o leite para atravessadores, que possuíam os tanques. Eles eram obrigados a fornecer somente para aquele dono de tanque, e recebiam o valor que os proprietários dos tanques queriam pagar. Ou seja, valores inferiores aos preços pagos no mercado”, explica Filogônio.

O presidente da Associação, Juarez Lopes de Oliveira, confirma que, com tanque próprio, as vendas melhoraram. “Vendemos o litro de leite em novembro a R$ 1,01. Antes, esse valor chegava a ser de R$ 0,80 o litro”, contabiliza. O tanque tem capacidade para armazenar 2 mil litros de leite.

Guanhães e Ipatinga

As unidades regionais da Emater-MG de Guanhães e Ipatinga também realizaram entregas de outros insumos e materiais por meio do programa Minas Sem Fome. Os agricultores familiares receberam kits Feira Livre, tanques-rede e sementes de grãos, como milho e feijão. “O programa Minas sem Fome vem cada vez mais cumprindo seu papel de combate à fome e à exclusão social, promovendo ao longo dos anos a promoção da segurança alimentar às famílias mineiras”, pontua o gerente regional da Emater-MG em Ipatinga, Mílvio Cardoso Laranjeira.

A Emater no Rio Doce atua por meio de 68 escritórios regionais, além das três Unidades Regionais, e possui 99 extensionistas em campo.

Emater em Minas

A Emater-MG comemorou, na primeira semana de dezembro, 65 anos de atuação. A primeira experiência brasileira direcionada para a introdução de novas técnicas de agricultura e economia doméstica, e incentivo à organização e aproximação do conhecimento gerado nos centros de ensino e pesquisa aos produtores rurais, surgiu em 1948, com a Associação de Crédito e Assistência Rural (ACAR). A instituição possuía equipes nos municípios mineiros, que prestavam assistência técnica aos agricultores.

Em 1974, a ACAR foi estatizada e passou a Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural (Embrater), responsável pelas empresas públicas estaduais. Foi quando a ACAR de Minas passou a Emater-MG, em 1975, com o objetivo de planejar, coordenar e executar programas de assistência técnica e extensão rural. Em 1990, a Embrater foi extinta. Hoje, a coordenação do sistema é do Ministério do Desenvolvimento e Reforma Agrária (MDA).

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