Ministério da Saúde faz balanço de ações contra Covid-19

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O Ministério da Saúde apresentou hoje (3/8/2020) novo balanço de ações de enfrentamento à covid-19. De acordo com os representantes da pasta, até o momento, foram entregues 8.923 ventiladores pulmonares.

O secretário executivo do órgão, Elcio Franco, lembrou que a aquisição de equipamentos e insumos é responsabilidade dos estados, mas que o governo federal vem auxiliando.  

“Tanto com relação aos ventiladores quanto outras ações, estamos reforçando que é responsabilidade dos estados, e o ministério tem adquirido aqueles de maior dificuldade”, disse Elcio Franco.

O Ministério da Saúde habilitou até o momento 11.353 leitos de UTI exclusivos para atender pacientes de covid-19. Foram distribuídos 216,6 milhões de equipamentos de proteção individual. Foram repassadas 145,6 milhões de máscaras cirúrgicas, 564.295 unidades de álcool, 11,1 milhões de máscara N95, 36,9 milhões de luvas, 17,2 milhões de toucas e sapatilhas, 3,1 milhões de aventais e 1,9 milhão de óculos e protetores faciais.

Em termo de medicamentos, foram encaminhados 11,1 milhões de comprimidos de oseltamivir e 5 milhões de doses de cloroquina.

Sobre testes, o secretário executivo informou que foram distribuídos 5,3 milhões de testes laboratoriais (PCR). Mas 2,6 milhões de testes foram realizados, sendo 1,54 milhão na rede pública e 1,13 milhão de testes na rede privada. Os exames de modalidade sorológica tiveram 8 milhões de unidades encaminhadas, sendo que 4,4 milhões foram realizados.

Recursos

Até o momento, o governo federal repassou R$ 16 bilhões para estados e municípios.

Medicamentos

Segundo o Ministério da Saúde, sobre o abastecimento de remédios para entubação, problema bastante apontado pelos estados e municípios nas últimas semanas, foi encaminhado 1,6 milhão de unidades de remédios por meio de requisição administrativa aos fabricantes. Isso será suficiente para manter estabilidade de uma semana.

O Ministério da Saúde está realizando licitação com objetivo de facilitar a aquisição por estados. Foi iniciado no dia 27 de julho e finalizada a parte de negociação dos preços. Agora a pasta está promovendo a habilitação parcial do pregão e acertando os preços com as empresas classificadas.

O ministério organizou a compra de 54,8 mil unidades de medicamentos do Uruguai para destinação aos estados do Sul do Brasil. O órgão celebrou também um acordo com a Unimed, Rede D´Or e Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro para empréstimo de medicação a estados mais necessitados.

Vacinas

De acordo com levantamento do Ministério da Saúde, há 231 vacinas em pesquisa no mundo, 33 delas em fase clínica, quando tem início a testagem em seres humanos. O país com mais substâncias desta em estudo é os Estados Unidos, com 52. O Brasil possui 6, sendo todas em fase pré-clínica. O país participa também da testagem de vacinas de outras nações, como a de Oxford (Inglaterra). O país firmou um memorando de entendimento para adquirir 100 milhões de doses.

O secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto, apresentou a proposta de uma medida provisória (MP) para assegurar crédito extraordinário de R$ 1,9 bilhão com o objetivo de viabilizar os custos da parceria entre o laboratório responsável pela vacina de Oxford e o Brasil, o que inclui a compra dos insumos e os investimentos para equipar a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de modo a permitir a fabricação do medicamento. A MP está em estudo no Ministério da Economia.

Perguntado sobre como serão as diretrizes para aplicação das vacinas, o secretário disse que há uma ideia inicial de públicos-alvo da covid-19, mas pode haver variação até o início da vacinação. 

“Normalmente os grupos prioritários incluem pessoas idosas, profissionais de saúde, professores, indígenas, motoristas de transporte público e pessoas privadas de liberdade. Serão feitas análises epidemiológicas para ver o melhor plano conforme os dados sobre as vacinas se atualizem”, comentou Hélio Angotti Neto.

Rede Nacional de Dados em Saúde

O diretor do Departamento de Informática do Sistema Únido de Saúde (Datasus), Jacson Barros, apresentou o projeto da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), que envolve o uso de dados sobre os diagnósticos e procedimentos realizados nos pacientes, incluindo vacinação, exames e outras ações.

“A ideia é que a ANS [Agência Nacional de Saúde Suplementar] seja um banco central da troca de dados em saúde”, declarou.

Por meio do ConecteSUS, os profissionais de saúde terão acesso a informações sobre os pacientes. Barros acrescentou que o acesso ao prontuário eletrônico só será feito com autorização do cidadão. “O exame da covid-19 ficará disponível pelo sistema duas horas após a realização”, completou.

Veja entrevista na íntegra

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