Polícia Civil apura maus-tratos a animais em clínica veterinária de Janaúba

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A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) cumpriu mandado de busca e apreensão em uma clínica veterinária do município de Janaúba, Norte do estado, para averiguar denúncia de exercício ilegal da profissão e maus-tratos contra animais. No local, a equipe apreendeu produtos com a data de validade vencida, além de diversos certificados suspeitos, com indícios de falsificação, entre eles, um diploma de médico veterinário de uma faculdade que não possui o curso em sua grade curricular.

Um homem é suspeito de exercer ilegalmente a profissão de veterinário e, ainda, praticar maus-tratos aos animais. Informações preliminares davam conta de que diversos deles foram operados pelo falso médico e tiveram complicações de saúde, mutilações e alguns vieram a óbito. As denúncias chegaram à PCMG pelos proprietários dos animais, que se mostravam revoltados com os fatos, e também por veterinários cansados de receber em seus consultórios animais mutilados e feridos pelo investigado.

Todas as denúncias e informações arrecadadas pela Polícia Civil foram preponderantes para a coleta de provas durante o procedimento investigatório. Apurou-se também que a clínica conta com um médico veterinário de formação, o qual responde e assina pelo local. Porém, o real proprietário é o suspeito de ser o falso veterinário, que usava a sua condição de dono do estabelecimento para realizar procedimentos clínicos e cirúrgicos.

Intervenção policial

A Delegada Glênia Aquino, titular da unidade da PCMG em Janaúba, explica que o resultado da intervenção no local foi significativo. “Representamos pelo mandado de busca e apreensão, visando comprovar a denúncia e arrecadar provas, e fomos exitosos. As investigações agora visam documentar, por meio dos laudos periciais próprios, a falsidade documental, bem como buscar a interdição da clínica junto aos órgãos competentes”, explica.

A ação da Polícia Civil, realizada na última terça-feira (28), contou com a participação do Conselho Regional de Medicina Veterinária e da Vigilância Sanitária Municipal. Os órgãos estudam a possibilidade de interdição da clínica. Já o investigado responderá pela prática dos crimes de falsificação de documento público, maus-tratos contra animais e exercício irregular da profissão.

As investigações foram coordenadas pela Delegada Regional Márcia Miguel Meira e pela Delegada Glênia Aquino e contaram com o empenho do Escrivão Ad hoc Vinícius Henrique Silva Souza, da Escrivã Maria Lúcia de Andrade Lima e do Investigador Luiz Márcio. Além disso, a diligência foi acompanhada pelo Perito Criminal Wanderlino Francisco dos Santos.

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