Agricultores familiares colhem safra de arroz em Aimorés, no Vale do Rio Doce

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A colheita de arroz está em andamento nos municípios produtores de Minas Gerais. De acordo com o último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra estadual do grão em 2020 deve ser de aproximadamente nove mil toneladas, incluindo o arroz de sequeiro e irrigado. 

A área ocupada com arroz em Minas Gerais é de aproximadamente 3,5 mil hectares. O Sul de Minas lidera o ranking estadual de produção do grão, seguido do Vale do Rio Doce, onde está localizado o município de Aimorés.  

A safra em Aimorés este ano deve ser de 370 toneladas. A produção é toda em baixadas úmidas e em várzeas irrigadas. “São mais de 40 produtores de arroz, que vivem basicamente da agricultura familiar”, explica o técnico da Emater-MG no município, Wagner de Lima Mendes. 

Ele conta que o arroz já foi o carro-chefe da produção agrícola do município, principalmente nos anos 70 e 80 do século passado. A cultura se fortaleceu na região graças às políticas de crédito do governo federal, além de chuvas bem distribuídas que garantiam a boa oferta de água.  

Com o aumento do custo de produção e falta de regularidade das chuvas,  o plantio do arroz irrigado diminuiu bastante em Aimorés.  Hoje, o forte da produção agropecuária do município é a criação de gado leiteiro e os plantios de café, tomate, banana, quiabo e coco. Mesmo assim, produtores estão conseguindo um bom preço pelo arroz cultivado em áreas remanescentes e vendido na região. A comercialização é feita em pequenos mercados ou diretamente nas propriedades.

“Alguns produtores ainda plantam uma cultivar antiga,  que não tem mais a semente vendida comercialmente no mercado. E este arroz é muito valorizado aqui na região pelo paladar e, em muitos casos, é vendido a granel.  É uma tradição”, explica Wagner Mendes. 

É o caso do produtor Nemias de Oliveira. Ele planta uma área de quatro hectares, com a ajuda da esposa. “Este arroz que planto é um arroz diferenciado, mais macio e cheiroso. Ele produz menos que outras variedades, mas é mais caro. Ele sai da minha propriedade a R$ 4,50 o quilo”, afirma. 

O produtor conta com assistência da Emater-MG. Além de uma colheitadeira, ele também tem uma máquina para pilar o arroz, o que facilita a comercialização. 

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