Com 10.222 novos casos confirmados de covid-19, o Brasil chegou a 145.328 infectados, um aumento de 7,5% em relação a ontem, quando foram registradas 135.106 pessoas nessa condição. A atualização foi divulgada pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira (8/5/2020). O número foi o segundo mais alto, abaixo apenas do recorde de quarta-feira (6), quando os novos casos atualizados somaram 10.503. Do total de casos confirmados, 76.134 estão em acompanhamento (52,4%), 59.297 estão recuperados (40,8%) e 1.852 mortes estão em investigação.
O Brasil bateu novo recorde de mortes nas últimas 24h, com 751. A marca de 9.897 representou um acréscimo de 8,2% em relação a ontem, quando foram contabilizados 9.146 falecimentos. O número levou a um novo patamar, depois de uma semana na casa dos 600 óbitos ao longo da semana. A letalidade ficou em 6,8%.
Segundo o boletim epidemiológico divulgado nesta noite, até hoje foram identificadas 107 mil hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), cerca de 606% em relação ao mesmo período do ano anterior. Deste total, 27.086 são por covid-19, sendo 37.101 classificados como não especificados e 38.096 em investigação. Ou seja, o número de hospitalizações pode crescer caso essas investigações atestem o diagnóstico de infecção com o novo coronavírus.
Sobre o perfil das hospitalizações por covid-19, 54,8% são brancos, 36,3% pardos, 6,7% pretos, 1,9% amarelos e 0,3% indígenas.
São Paulo se mantém como epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de falecimentos (3.416). O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (1.503), Ceará (966), Pernambuco (927) e Amazonas (874).
Os estados com maior incidência (número de casos por um milhão de habitantes) são o Amapá (2.746), Amazonas (2.588), Roraima (1.684), Ceará (1.638) Acre (1.335) e Pernambuco (1.212).
Casos e óbitos por estado
CASOS CONFIRMADOS | ÓBITOS CONFIRMADOS | |
BRASIL | 145.328 | 9.897 |
ESTADO | CASOS CONFIRMADOS | ÓBITOS CONFIRMADOS |
Acre | 1177 | 38 |
Alagoas | 2033 | 108 |
Amapá | 2322 | 66 |
Amazonas | 10727 | 874 |
Bahia | 4818 | 183 |
Ceará | 14956 | 966 |
Distrito Federal | 2442 | 37 |
Espírito Santo | 4242 | 165 |
Goiás | 1053 | 49 |
Maranhão | 5909 | 330 |
Mato Grosso | 457 | 14 |
Mato Grosso do Sul | 326 | 11 |
Minas Gerais | 2943 | 111 |
Paraná | 1711 | 106 |
Paraíba | 2031 | 114 |
Pará | 6141 | 515 |
Pernambuco | 11587 | 927 |
Piauí | 1131 | 37 |
Rio Grande do Norte | 1821 | 81 |
Rio Grande do Sul | 2447 | 91 |
Rio de Janeiro | 15741 | 1503 |
Rondônia | 1222 | 39 |
Roraima | 1124 | 16 |
Santa Catarina | 3205 | 63 |
Sergipe | 1438 | 28 |
São Paulo | 41830 | 3416 |
Tocantins | 494 | 9 |
Leitos
Na entrevista coletiva no Palácio do Planalto, a secretária substituta de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Cleusa Bernardo, explicou que o órgão não conseguiu êxito nos editais para a contratação de dois mil novos leitos anunciados no mês de abril. Até o momento, foram locados 540 leitos aos estados.
“A empresa que tinha feito o compromisso de entregar 2.540 leitos não conseguiu. Já estamos no 3º edital para entregar o restante”, explicou.
Além disso, também não saiu, até o momento, o levantamento de ocupação de leitos. No dia 14 de abril, o ministério editou norma que obriga os hospitais a fornecerem essas informações às respectivas secretarias de saúde.
“Em relação à disponibilização dos leitos, está prevista para semana que vem um painel em que vamos colocar os dados. Dos hospitais, já tivemos preenchimento do sistema por 416 unidades. E por que a dificuldade? Porque os hospitais estão sobrecarregados nos atendimentos. Não é fácil para eles ter tempo de fazer essa informação, eles estão encontrando dificuldades”, justificou Cleusa Bernardo.
De acordo com a gestora, foram habilitados novos 116 leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI). Para cada um, a receita diária será de R$ 1,6 mil. A habilitação consiste no custeio pelo governo federal de leitos abertos pelos estados e municípios. Uma lista de quantos leitos cada estado recebeu pode ser conferida no site do Ministério da Saúde.
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