Desde 2014, a notificação para infecção pelo HIV passou a ser obrigatória e o tratamento começou a atender todas as pessoas que vivem com o vírus. A medida gerou aumento no número de diagnósticos e ampliou o acesso ao tratamento, já que a Aids só se manifesta em uma pessoa que não fizer corretamente o tratamento do HIV. Apesar de o país ter registrado 43,9 mil casos novos de HIV em 2018, houve queda de 13,6% nas ocorrências de Aids. Com isso, o Brasil conseguiu evitar duas mil e quinhentas mortes pela doença nos últimos 5 anos.
Segundo o diretor do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, Gerson Pereira, o diagnóstico precoce interrompe a cadeia de transmissão do vírus e evita que a pessoa infectada desenvolva a doença.
“A partir de 2014, nós começamos a tratar todos. Com isso, nós reduzimos os casos de Aids e reduzimos também a mortalidade. Com esse tratamento para todos, a intenção é que a gente possa diagnosticar todos os casos e, claro, o mais precocemente possível. Isso é importante porque se eu diagnostico uma pessoa com HIV e ela inicia o tratamento, certamente não vai evoluir para Aids”.
Vale lembrar que há diferença entre HIV e Aids. O HIV é o vírus em si, uma pessoa infectada pode demorar anos para manifestar algum sintoma. Já a Aids é a síndrome, quando o vírus já afetou o sistema imunológico.
Segundo o Ministério da Saúde, o uso do preservativo tem caído nos últimos anos, principalmente entre o público jovem. A maioria dos casos de ISTs no país é registrada entre pessoas de 20 a 34 anos. Entre 2007 e 2019, foram 158.307 notificações em pessoas dessa faixa etária, o que representa 57,5% dos casos.
Para se prevenir, uma medida simples pode evitar todas as Infecções Sexualmente Transmissíveis, inclusive o HIV: usar camisinha. Sem camisinha, você assume o risco. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/ist.