Com a suspensão da produção e comercialização de todas as cervejas e chopes produzidos pela Backer, nesta segunda-feira (13/01/2020), outras 20 marcas da empresa, além da Belorizontina, deverão ser recolhidas dos pontos de venda. 21 produtos da empresa tiveram a circulação proibida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A medida foi tomada após a Polícia Civil informar, na manhã desta segunda, que exames realizados em amostras colhidas na fábrica da cervejaria indicaram a presença de dietilenoglicol e monoetilenoglicol em amostras colhidas no tanque de resfriamento. Uma nova vistoria deve ser feita nesta terça-feira (14).
Apesar de proibir a venda, o Mapa salientou que, por enquanto, só foram encontrados vestígios de dietilenoglicol e monoetilenoglicol em amostras da marca Belorizontina, sendo a ação desta segunda uma medida preventiva.
“Até o momento não há resultado laboratorial que confirme a presença de etilenoglicol ou dietilenoglicol em outras marcas de cerveja da empresa, estes produtos estão sendo analisados e, caso existam resultados positivos, novas medidas serão adotadas”, diz nota enviada à imprensa.
Confira os 21 produtos que devem ser recolhidos:
- Backer Pilsen
- Backer Trigo
- Backer Pale Ale
- Bakcer Brown
- Medieval
- Pele Vermelha
- Bravo
- Exterminador de Trigo
- Três Lobos
- Capitão Senra
- Corleone
- Tommy Gun
- Diabolique
- Backer Pilsen Export
- Backer Bohemia Pilsen
- Julieta
- Backer Reserva do Proprietário
- Fargo 46
- Cabral
- Cacau Bomb
- Belorizontina
A forma como os produtos serão recolhidos ainda será divulgada pela empresa. O Mapa não detalhou se houve determinações quanto ao prazo e a forma de retirada de circulação.
Backer vai recorrer
Em nota, a cervejaria informou na noite desta segunda-feira (13) que a decisão do Ministério da Agricultura será contestada na Justiça. “A Backer informa que a medida de recall solicitada pelo Ministério da Agricultura está sendo objeto de apreciação judicial para revogação do ato. A cervejaria reitera que não faz uso do dietilenoglicol em seu processo produtivo e que o episódio apurado pelas autoridades, limita-se ao lote “Belorizontina”, não tendo qualquer relação com os demais rótulos da empresa, que possui processos autônomos de produção”.
Nota do Ministério da Agricultura
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) intimou a Cervejaria Backer a recolher do mercado, além da cerveja Belorizontina, todos os produtos fabricados no período de outubro de 2019 até a presente data. A medida é para preservar a saúde dos consumidores.
As análises exploratórias, realizadas pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária nas amostras dos produtos Belorizontina e Capixaba, confirmaram a presença dos contaminantes monoetilenoglicol e dietilenoglicol. Até o momento, três amostras foram analisadas. Estes produtos já estavam e continuam sendo retirados do mercado, por recolhimento feito pela própria empresa e por ações de fiscalização e apreensão dos serviços de fiscalização do Mapa.
O Mapa já havia realizado o fechamento cautelar da unidade Três Lobos, da Cervejaria Backer, localizada em Belo Horizonte (MG), bem como a apreensão de 139 mil litros de cerveja engarrafada e 8.480 litros de chope. Também foram lacrados tanques e demais equipamentos de produção.
O Ministério segue atuando nas investigações e tomando medidas para mitigar o risco apresentado pelas cervejas contaminadas pelas moléculas dietilenoglicol e monoetilenoglicol. O Mapa faz parte da força-tarefa de investigação das possíveis causas desta contaminação.
Continuam as apurações para identificar as circunstâncias em que os fatos ocorreram, a fim de dar pleno esclarecimento à população.
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