Vacinas contra gripe e febre amarela têm público prioritário ampliado

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A partir deste ano, o Ministério da Saúde, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), amplia o público prioritário das vacinas contra a gripe (influenza) e febre amarela. As crianças de 4 anos de idade tomarão um reforço contra a febre amarela. Antes, elas eram imunizadas somente aos 9 meses de vida. Já a vacina da gripe, que era destinada a idosos acima dos 60, agora também será aplicada em pessoas a partir de 55 anos.

O objetivo da ampliação é elevar o público prioritário, beneficiando um maior número de pessoas e buscando reduzir internações e óbitos decorrentes das doenças. “É importante destacar que o reforço da imunização contra a febre amarela aos 4 anos de idade ocorre devido ao fato de as crianças, aos 9 meses, não criarem anticorpos de forma tão intensa quanto os adultos ao receberem vacinas. O adulto que já tomou uma dose da vacina, por possuir maior capacidade de criação de anticorpos, não necessita de outra dose para ser considerado imunizado”, explica a diretora de Vigilância de Agravos Transmissíveis da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Janaína Almeida.

A necessidade ou não de doses de reforço de alguns imunobiológicos é fundamentada em estudos que avaliam a resposta do organismo, conforme faixa etária e vacina. “O sistema imunológico das crianças está em formação até os dois anos, por isso a necessidade de vacinas após essa idade”, afirma Janaína. 

A vacina contra a febre amarela para crianças de 4 anos fará parte do Calendário Nacional de Vacinação e a previsão é de que esteja disponível em todo o estado a partir desta quinta-feira (2/1). Já a vacina contra a gripe será oferecida durante o período de campanha, que deve ocorrer em abril de 2020.

Em Minas Gerais, a estimativa é de que 261.657 crianças recebam a dose de reforço para a febre amarela. Contra a gripe, a população entre 55 e 59 anos é de 932.781.

Eficácia das vacinas

As vacinas contra influenza disponíveis no Brasil são feitas com vírus inativados, ou seja, mortos, e sem capacidade de causar a doença. “A vacina confere proteção em cerca de 70% dos casos. Porém, ela atua diretamente na redução de internações e óbitos pela doença, que podem ocorrer após complicações da enfermidade, principalmente nos grupos de risco elencados para imunização”, observa a diretora. Já a vacina contra a febre amarela tem eficácia de 95%.

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